Notícia triste: ex-Cruzeiro se aposenta só com 26 anos do futebol
O Cruzeiro ficou sabendo nesta quarta-feira (5) que ex-jogador do clube precisou se aposentar dos gramados com 26 anos por sucessivos problemas físicos. Com passagens por Sport, Internacional, São Paulo, Athletico Paranaense, Cruzeiro, Atlético Goianiense, Sport e Retrô FC, Everton Felipe não aguento mais tentar continuar ativo e fez comunicado pelas redes sociais.
Por meio de comunicado nas redes sociais, Everton Felipe deu detalhes do por que tomou a decisão de se aposentar ainda novo, com 26 anos. Everton atuou no Cruzeiro em 2020, disputando apenas nove jogos, entre fevereiro e março, por empréstimo do São Paulo, sem participação em gols. No relato, Everton colocou a culpa nos problemas físicos na direção do Sport. O meia colocou o clube na justiça e está cobrando R$ 18 milhões em indenizações.
Lamentando ter que passar por isso ainda tão cedo, o jogador disse adiou por muito tempo a decisão para ver se ainda conseguir dar a volta por cima, mas não foi possível. “Adiei por muito tempo, mas agora não tem volta. Quem me acompanha, sabe a luta diária para me recuperar, com fisioterapia, e jogar futebol. Só que não estou conseguindo. As dores não passam e é muito complicado”, disse o meia.
Devido à sequência de lesões no joelho direito e baixa minutagem nas últimas temporadas como profissional, Everton desenvolveu luta contra a depressão.
Veja a seguir o comunicado completo.
“Meu último jogo no Sport foi no dia 2 de agosto de 2022. Depois disso, informei ao clube e ao Departamento Médico que estava sentindo dores no joelho que me limitavam a correr. Eu não conseguia correr. Sentia muita dor no impacto. Fiz tratamento conservador, tentei voltar a jogar, treinar, não conseguia.
Sentia muitas dores e informei ao clube. Nesse período, recebi uma proposta do Portimonense, de Portugal. Estava quase tudo certo para ir embora, e o Sport fez uma proposta. Peguei, aceitei e fiquei. Só que, durante essa proposta, comecei a sentir novamente as dores que falei.
O Sport não cumpriu comigo o que foi acordado e nem em contrato. Já postei aqui e provei na rede social. Mas o pior, para mim, foi a palavra. Sou matuto do interior. Pra mim, a palavra vale mais do que qualquer proposta. No futebol, isso não existe. No Sport, muito menos. Por falar do Sport, do clube e da torcida, sou eternamente grato.
Amarei o Sport até o último dia da minha vida, sou apaixonado pelo clube. Ficar esse tempo todo sem jogar, sem ouvir o ‘Cazá, Cazá’ da Ilha… é muito difícil. Entrar em campo e escutar aquela torcida cantando o ‘Cazá, Cazá’ era algo que sinto saudades todos os dias.
Aos diretores, ao presidente do clube, que ainda estão lá: vocês acabaram com a vida de um menino de 24 anos. Vocês me largaram machucado. Se não queriam renovar comigo, tranquilo. Mas me largar machucado, sozinho… O que me deixa triste durante esses dois anos de tratamento é que ninguém do Sport nunca me ligou para falar comigo sobre. ‘Juvenil, as estruturas estão aqui para você se tratar, se curar e voltar a jogar onde você quiser’. Nunca recebi uma ligação. Entre idas e vindas, tenho oito anos de clube.”
Comentários estão fechados.