Mesmo com péssimo serviço, Cruzeiro terá que pagar R$11 milhões ao Mineirão
Uma das principais queixas de Ronaldo com a Minas Arena, empresa responsável por administrar o Gigante da Pampulha, é a cobrança de altas taxas para que a equipe possa mandar seus jogos no Mineirão. Isso fez com que o gestor da Raposa buscasse alternativas junto ao governador do estado, Romeu Zema, para aliviar estas contas.
Enquanto as conversas não avançam, as projeções ficam para o futuro. Fato é que o Cruzeiro precisará iniciar nesta quinta-feira (07), o pagamento de uma dívida de pouco mais de R$11 milhões com a Minas Arena.
De onde vem a dívida?
Em um acordo firmado entre as partes e homologado pela Justiça em novembro de 2020, o Cruzeiro se comprometeu a pagar o valor total em 96 parcelas, cerca de R$116 mil cada. Sobre o montante final, ainda será acrescido a correção monetária.
Como a decisão já foi acordada, se o Cruzeiro atrasar o pagamento, terá que assumir uma multa de 2%, somada a 1% em relação aos dias de atraso. Além disso, está previsto em contrato que se a Raposa atrasar mais de 90 dias um pagamento, perderá um desconto de cerca de R$12 milhões que foi oferecido pela Minas Arena.
Desde que assumiu o controle de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo tem vivido em constante atrito com a empresa que administra o Mineirão. O gestor, por exemplo, já questionou, por mais de uma vez, os valores cobrados pela Minas Arena.
“Eles venderam os camarotes, mas e se a gente não jogar lá? Quem comprou o camarote vai ter o quê?”, disse Ronaldo durante uma live em seu canal. “A Minas Arena ainda tem que ceder muito, muito, para ficar uma coisa justa”, completou.
Foram estes fatores que levaram o Fenômeno a buscar alternativas com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas a reunião não foi bem vista por Samuel Lloyd, diretor da Minas Arena. Fato é que Ronaldo quer melhores condições para mandar seus jogos no estado, inclusive, estuda a possibilidade da construção de uma arena esportiva em Betim.