Jogadores do Cruzeiro foram agredidos pela polícia

A vitória do Cruzeiro sobre o Londrina, por 2 a 1, na noite da última terça-feira, 09 de agosto, pela 23ª rodada da Série B do Brasileirão, ficou marcada por uma grande confusão após o apito final. Enquanto os jogadores celestes celebravam o triunfo, que só veio no apagar das luzes do Estádio do Café, uma situação indesejável acontecia nos bastidores.

De acordo com relatos, alguns torcedores do time paranaense tentaram invadir a cabine de imprensa da Rádio Itatiaia. Atletas da Raposa subiram ao local para conter a invasão; outros ficaram na porta que dava acesso ao espaço. Neste momento, segundo relato da emissora, a Polícia Militar do Paraná agrediu e jogou spray de pimenta nos atletas.

O que aconteceu no jogo do Cruzeiro?

O narrador Pequetito Reis, que estava no comando da transmissão, relatou que torcedores do Londrina tentaram invadir a cabine. O barulho dos baderneiros e os xingamentos, aliás, puderam ser escutados na transmissão do jogo

“Eles estão falando que eu fiz ‘tchauzinho’ para a torcida do Londrina, mas não fiz. Eu vibrei com o gol do Cruzeiro, gente, apenas isso”, disse o radialista, em referência ao gol marcado por Rodolfo, já nos acréscimos do segundo tempo, que garantiu a virada do Cruzeiro. 

Em seguida, o radialista, em um pedido de socorro, narrou o acontecido em tempo real. “Está difícil aqui. Estão tentando bater na porta, já arremessaram coisa aqui na cabine. Está difícil. Não tem como eu sair daqui, não tem jeito, está difícil. Estão tentando entrar aqui na cabine, gente. Pelo amor de Deus!”, completou.

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Relatos do campo do Cruzeiro 

O jornalista Emerson Pancieri, que estava em campo cobrindo o jogo, disse que a Polícia Militar, durante a confusão e bate boca, acertou com cassetetes o goleiro Rafael Cabral e o volante Filipe Machado, além de ter jogado gás de pimenta nos atletas do Cruzeiro.

Pancieri, em seguida, entrevistou o atacante Luvannor. “A torcida do Londrina está fechando o Pequetito. Quatro jogadores nossos foram, mas lá tem a torcida dos caras. São 50 contra quatro”, iniciou.

“Policial foi covarde. Nós não queríamos entrar. Ele, nas costas, deu uma cacetada no jogador nosso. Sacanagem, covardia, é covardia. Tem necessidade!? Ganhamos o jogo. A polícia não pode fazer isso, cara. Eles têm que vir aqui para acalmar”, reclamou Luvannor.

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