Árbitro omite agressão aos jogadores do Cruzeiro em súmula da partida

O Cruzeiro venceu o Londrina em um jogo que tinha de tudo para ser heroico e inesquecível para a torcida celeste. Com direito a uma virada da Raposa no apagar das luzes do Estádio do Café, o clube estrelado mostrou gana em vencer. Uma típica vitória que enche de moral o elenco. 

Contudo, a noite da última terça-feira, 09 de agosto, não será lembrada apenas pela euforia de uma virada. Após o jogo, houve uma confusão na cabine de imprensa da Rádio Itatiaia. Torcedores do Londrina tentaram invadir o espaço. Jogadores do Cruzeiro foram contê-los. A Polícia Militar do Paraná proferiu agressões aos jogadores. 

O jornalista Emerson Pancieri, da Itatiaia, que estava em campo cobrindo o jogo, disse que a Polícia Militar acertou com cassetetes o goleiro Rafael Cabral e o volante Filipe Machado, além de ter jogado gás de pimenta nos atletas do Cruzeiro.

O que disse o árbitro do jogo do Cruzeiro?

Dono do apitou naquela noite, o árbitro Marcelo de Lima Henrique fez um breve relato da confusão envolvendo a delegação do time mineiro e a Polícia Militar. Entretanto, por medo ou ignorância, ele não declarou, na súmula, a motivação do tumulto, nem o uso de gás de pimenta dos atletas, ou as agressões trocadas entre jogadores e membros da segurança. 

Marcelo de Lima Henrique citou apenas que os jogadores tiveram de ser contidos por se dirigirem ao portão de acesso às cabinas de transmissão. Não descreveu, no entanto, qual teria sido o motivo para este movimento por parte dos atletas, que, certamente, não estavam atrás de uma ‘exclusiva’.

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“Informo que, após o término da partida, enquanto a equipe visitante, Cruzeiro, dirigia-se para seu vestiário, alguns jogadores da equipe se dirigiram ao portão que dá acesso às cabines de transmissão, necessitando serem contidos pelas forças de segurança (seguranças e policiamento)”, escreveu. 

De acordo com relato, antes do policiamento impedir o acesso às cabinas, quatro jogadores do Cruzeiro já teriam subido para tentar conter a invasão dos torcedores do Londrina. Por isso, os demais atletas, com receio do que poderia acontecer aos companheiros, também foram em direção ao portão que dá acesso ao espaço da transmissão. 

Contudo, vale destacar que, neste momento, a Polícia Militar já havia chegado ao local e, provavelmente, não estavam todos do batalhão presos no bate boca com os jogadores. 

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