Especialista abre o jogo sobre SAF do Cruzeiro: “importante para o mercado brasileiro”

Ronaldo Fenômeno anunciou a compra de 90% das ações do Cruzeiro no dia 18 de dezembro de 2021, pelo montante total de R$ 400 milhões. A Raposa é o primeiro clube-empresa no Brasil a usar o modelo Sociedade Anônima do Futebol (SAF), desde que foi aprovado pelo Congresso Federal no ano passado.

O ex-jogador e sócio majoritário do Cruzeiro Esporte Clube, não vive dias fáceis em sua nova posição como responsável pela equipe celeste. Realizando seu terceiro ano na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, o time mineiro ainda possui uma dívida bilionária e passa por um de seus piores momentos, em 101 anos de história.

No entanto, para Luiz Henrique Martins Ribeiro, advogado que participou junto ao Congresso Nacional de audiências públicas e comissões na construção da legislação sobre clubes empresa no Brasil, a iniciativa do Cruzeiro junto ao Fenômeno, resultou como incentivo para as outras instituições no país.

Vou ser muito honesto. Quando a legislação entrou em vigor, pós derrubada dos vetos presidenciais, que daí a norma se tornou muito mais atrativa para os clubes, nós que estamos operando, não acreditávamos que a lei fosse pegar tão rápido. Porque as normais e leis são feitas, mas tem que esperar para ver se de fato elas vão entrar em pronta execução. E esse movimento do Cruzeiro foi muito importante para o mercado brasileiro de modo geral”, afirmou Luiz em entrevista ao jornal O Tempo.

Cruzeiro e a Crise Financeira

Na terça feira, dia 11 de janeiro, Ronaldo concedeu sua primeira entrevista como gestor do clube, e explicou a delicada situação financeira da instituição.

“O Cruzeiro tem que gastar somente aquilo que arrecada. O cenário hoje é bem complicado, com receitas de até os próximos dois anos já antecipadas e já gastas, então encontramos um cenário trágico no clube, mas temos que cuidar. O Cruzeiro é um paciente em estado grave, na UTI”.

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Recentemente o dono da Raposa também comentou sobre a possibilidade de recuperação judicial no Cruzeiro.

“Na minha cabeça, a melhor saída é uma recuperação extrajudicial ou judicial. A gente pediu aos conselheiros do Cruzeiro que fossem aprovadas essas condições para que houvesse uma reconstrução de fato do clube. A recuperação é um instrumento legal para ajudar organizações que estão passando por momentos temporários de dificuldade financeira”

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