Situação piora e Cruzeiro pode demorar ainda mais tempo para enfrentar a dupla Gre-Nal

O Brasileirão de 2024 está com partidas adidas para os três clubes do Rio Grande do Sul (Grêmio, Internacional e Juventude) até o dia 27 de maio, por decisão da CBF, por causa das fortes enchentes que estão acontecendo o estado gaúcho e situação pode piorar ainda mais. Com gramados alagados, o Cruzeiro pode demorar ainda mais para enfrentar a dupla Gre-Nal, que são de Porto Alegre, cidade fortemente atingida pelas chuvas.

Em imagens divulgadas nas redes sociais, os gramados da Arena do Grêmio e do estádio Beira-Rio estão impossibilitados de receberem partidas. Completamente destruídos e com possíveis problemas na drenagem, os estádios vão precisar passar por reformas de manutenção e uma retomada terá que ser feito sem pressa e com lentidão.

Além dos estádios, os dois centros de treinamentos estão tomados pelas enchentes, sendo impossível de realizar sessões de trabalho. Gilmar Schafer, que é Professor de Floricultura da Faculdade de Agronomia, Departamento de Horticultura e Silvicultura da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), fez cálculo positivo e estipulou tempo de recuperação do gramado.

“É importante pensar em quanta água tem lá. Uma coisa é estar debaixo de 15 centímetros de água, outra é 60 centímetros. O calor também influencia bastante, porque a temperatura alta, mesmo que debaixo d’água, faz a grama crescer, querer sair da água. Isso acaba sendo um problema porque o excesso de água cria estresse na planta e ela vai sintetizando compostos que podem a matar”, diz Schafer.

Sem previsão de retorno, já que os três clubes gaúchos estão focados no salvamento de vidas e doação de suprimentos, a estimativa de recuperação do gramado após saída da água é de até 35 dias. As equipes estão se negando a jogarem em outros estados.

“A grama dos estádios é extremamente resistente à submersão. Eu busquei uma referência bibliográfica e encontrei um trabalho feito nos Estados Unidos em que testaram 55 dias de submersão, que é um tempo muito grande, e após isso 73% da grama estava viva. Isso é uma ótima notícia. Num cenário bem otimista, após a água baixar, limpar o campo, falamos em uns 15 dias de recuperação. Contando que a grama sobreviva. Numa análise mais conservadora, de 25 a 35 dias.”, completou Schafer.

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