Final do Campeonato Mineiro Feminino tem ‘ingrediente especial’ que pode contribuir para a vitória do Cruzeiro
Vestir a camisa do Cruzeiro hoje tem outro significado. Não só por tudo o que o clube passou, mas por tudo o que se tornou. O futebol feminino, por exemplo, também sofreu com as gestões passadas, mas chega neste sábado (19) para a final do Campeonato Mineiro sem precisar se preocupar com salários atrasados, como aconteceu em 2019.
A partida da final será disputada em jogo único, no Mineirão, às 11h (de Brasília). A última vez que o Cruzeiro conquistou o título do torneio foi em 2019, quando bateu o América, nos pênaltis. Desta vez, porém, as Cabulosas vão enfrentar o arquirrival em uma disputa que promete ser eletrizante.
“O Cruzeiro tem planejado uma coisa muito maior. Algo que solidifique cada vez mais o futebol (feminino) no cenário nacional e, quiçá no espaço de médio prazo, internacional. O que tange à final, a gente tem tentado se preparar para todos os processos que ela possa nos apresentar, todas as adversidades, buscando resultados a todo momento, desde o início, sempre indo para ações de pênalti, revertendo o placar”, disse o técnico Felipe Freitas.
Valorização do futebol feminino no Cruzeiro
Para Bárbara Fonseca, coordenadora do departamento de futebol feminino do Cruzeiro, a perda do título do Mineiro em 2019 estava relacionada, também, com a questão dos salários atrasados. Certamente, quando a gestão extracampo não funciona, nos gramados a tendência é não funcionar também.
“Tenho certeza que no sábado a gente entrega um jogo muito melhor do que foi nos últimos dois anos que perdemos para o Atlético. Para muitos, a gente perdeu a final e foi feita uma análise só de desempenho em campo, sem entender o que estava acontecendo. Viemos para uma final com quase 2 meses de atraso de salário, com atletas que sustentam pais, filhos, tendo que pegar dinheiro emprestado”, lembrou Bárbara em coletiva de imprensa.
“Então hoje, a comissão técnica e eu que estou como coordenadora técnica, temos a mente somente para o que é feito dentro de campo, para o que precisa ser feito para que a gente consiga desenvolver as atletas e entregar para a torcida o melhor jogo sempre. Essa preocupação (do salário atrasado) a gente não tem”, completou.
Assista a coletiva na íntegra.
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