Wagner Pires de Sá condenado a pagar sentença ao Cruzeiro

O ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, foi condenado pela justiça de Minas Gerais. Wagner terá que pagar R$150 mil para a Raposa, como forma de ressarcimento dos valores gastos pelo dirigente em honorários advocatícios. A decisão ainda cabe recurso.

“É manifesto o conflito de interesses no caso em tela, configurando ato ilícito praticado pelo réu (Wagner Pires de Sá) que, na condição de investigado por prática de crimes, em tese, pagou os honorários de seu advogado com o dinheiro daquele que se posicionava (Cruzeiro), em princípio, na condição de prejudicado/vítima.”, alega a decisão.

Mesmo no curto período de dois anos, o presidente Wagner Pires de Sá, e seu vice Itair Machado, marcaram sua gestão como a pior da história do Cruzeiro, e uma das mais prejudiciais do futebol brasileiro.

No tempo em que ficaram no comando da direção, a dívida da Raposa que já chegava aos R$400 milhões, após aumentos absurdos de salários, comissões, terceirização de serviços e utilização indevida de cartões corporativos, passou a ser de R$1 bilhão.

A empresa Kroll, especializada em consultoria de riscos e recuperação judicial, contratada pelo clube, apresentou relatórios que demonstravam despesas 53% maiores que a da gestão anterior, a de Gilvan Pinho Tavares, em 2016-2017.

Wagner é réu desde 2020 por denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, assim como Itair Machado e Sergio Nonato, ex-diretor geral. De acordo com o MPMG, o roubo dos cofres foi estimado em R$6,5 milhões.

Wagner Pires De Sá É Expulso Do Conselho Do Cruzeiro

O conselho do Cruzeiro votou nesta segunda-feira, dia 7 de fevereiro, a expulsão do ex-presidente Wagner Pires de Sá do quadro social do clube.

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De acordo com a Rádio Itatiaia, 146 conselheiros compareceram, mas nove deixaram o local antes do início da votação. No total, foram 136 votos, 113 a favor da expulsão, um voto branco e dois nulos, além de 20 votos contrários a expulsão.

Wagner foi presidente da equipe durante os anos de 2018 e 2019, no período a frente do cargo, conquistou o bi-campeonato da Copa do Brasil, mas abdicou da presidência após investigação da Polícia Civil por crimes de apropriação indébita, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Tal votação já havia sido marcada ainda em outubro de 2021, mas teve de ser adiada com a justificativa de que as diligências finais do processo pudessem ser conduzidas, evitando assim uma futura judicialização da questão.

O pedido de expulsão, partiu do atual presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues, em 2020. O pedido foi baseado em documentos cedidos ao Comitê de Ética, Disciplina e Corregedoria do clube.

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