Um dos responsáveis por Felipe Massa não ser campeão da Fórmula 1 resolve vender 69 carros de uma vez
A temporada 2024 da Fórmula 1 está prestes a terminar, mas uma que insiste em não chegar ao fim é o ano de 2008. Isso por que o piloto brasileiro Felipe Massa entrou com uma ação na justiça, reivindicando o título mundial daquele ano que ficou com o então jovem Lewis Hamilton.
O brasileiro formalizou em março de 2024 um processo em Londres contra a FOM (Formula One Management, a entidade que organiza o Mundial de F1), a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e o ex-CEO da FOM, Bernie Ecclestone, para ser reconhecido como campeão da edição de 2008 do Mundial.
Esse processo ocorre em virtude dos acontecimentos no GP de Singapura daquele ano, onde o também brasileiro Nelson Piquet Jr, bateu sua Renault de propósito contra o muro para beneficiar o companheiro de equipe, Fernando Alonso, algo que acabou prejudicando Massa na prova, que por consequência perdeu pontos preciosos na disputa pelo título.
A decisão da justiça ainda não saiu, mas um dos processados por Massa segue se movimentando e estamos falando de Bernie Ecclestone, que resolveu colocar a venda uma coleção de dar inveja em muito fã da velocidade.
Ecclestone, decidiu vender sua impressionante coleção de carros. Aos 94 anos, o britânico está oferecendo 69 veículos, muitos deles extremamente raros e alguns que marcaram momentos icônicos da história do automobilismo europeu. Como as negociações estão sendo realizadas de forma privada, os valores exatos dos acordos não serão divulgados.
De acordo com Tom Hartley Jr., especialista em vendas de carros de corrida que está auxiliando Ecclestone, o valor total da coleção alcança “centenas de milhões”, podendo ultrapassar a marca de um bilhão de reais dependendo da conversão da moeda utilizada nas transações.
Coleção com máquinas históricas
Ecclestone começou a montar seu acervo na década de 1950. A coleção inclui carros pilotados por campeões mundiais como Nelson Piquet, Michael Schumacher, Niki Lauda e Mike Hawthorn. Um dos destaques é um modelo da Auto Union, antecessora da Audi, produzido antes da Segunda Guerra Mundial.
Entre as raridades, está o famoso “carro-ventilador” da Brabham, de 1978. Equipado com um ventilador na traseira para maximizar o efeito-solo e melhorar a aderência ao asfalto, o modelo disputou apenas uma corrida — o GP da Suécia daquele ano — na qual garantiu a vitória de Niki Lauda. Após protestos das equipes concorrentes, o veículo foi banido pela FIA. Ecclestone, que foi dono da Brabham entre 1971 e 1988, esteve à frente da equipe nos dois títulos mundiais conquistados por Nelson Piquet.
A coleção também conta com vários modelos da Ferrari de diferentes épocas. Entre eles, o carro usado por Alberto Ascari na vitória no GP da Itália de 1951 e o monoposto que garantiu o título de Michael Schumacher em 2002. Outro destaque é o “Thinwall Special”, um modelo da Ferrari adaptado pela equipe Vanwall no início da década de 1950.
Em entrevista à BBC, Bernie explicou sua motivação para venda da tão valiosa coleção:
“Todos os carros que comprei têm histórias fantásticas e são obras de arte raras. Amo todos eles, mas chegou a hora de começar a pensar no que vai acontecer com eles quando eu não estiver mais aqui, por isso decidi vendê-los.”
Considerado um dos dirigentes mais poderosos da história da Fórmula 1, Ecclestone começou sua carreira vendendo carros usados. Ele chegou a se inscrever para duas corridas na categoria como piloto, mas foi como empresário que deixou sua marca. Após adquirir a Brabham em 1971, ele assumiu a direção da Fórmula 1 em 1978, liderando a categoria até 2017, quando a Liberty Media passou a gerenciar o esporte.
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