Times que entendem a Série B têm mais sucesso na reta final da competição

Desde o começo do anos 2000, quando tornou-se mais comum ter um time grande disputando a Série B, ouve-se o discurso de que é um campeonato diferente, a entrega dos jogadores é diferente, as viagens são mais distantes, os gramados são piores, entre outras diferenças para a primeira divisão. 

Neste ano, o discurso se comprova, afinal é uma das edições mais equilibradas, com times oscilando muito e a troca de posições, inclusive da liderança, com alguma frequência. Essa é uma das edições mais difíceis de se apontar o campeão em um palpite Série B. O 10º colocado, por muitas rodadas, fica na mesma distância, em pontos, do líder e do Z4, nenhum time consegue despontar. O que melhor se adaptar e conseguir, será favorito. 

Veja os clubes que mais jogaram a Série B:

A segundona, palco em que os clubes precisam enfrentar tais desafios – significativos – para retornar à elite do futebol nacional, têm times com a história marcada por constantes idas e vindas na competição. 

A seguir, veja os clubes que mais vezes disputaram a Série B, analisando o impacto e a relevância dessas participações em suas trajetórias:

1º – Ceará e CRB: com 31 participações na competição, contando com 2024, as duas equipes nunca levantaram a taça, apesar de já somarem campanhas de acesso, principalmente o Vozão. O detalhe é que o CRB disputou a primeira edição, em 1971.

2º – América-MG: o Coelho soma 25 participações, dois títulos (1997 e 2017) e um vice, em 2020. O América é uma das equipes mais bem sucedidas do torneio, conquistando o acesso várias vezes, tanto que o período mais longo na Série B foi de 6 temporadas, entre 1980 e 1985.

3º – Vila Nova: o time Goiano também soma 25 participações e é um dos postulantes ao acesso na atual edição. O time já conseguiu três acessos e quatro rebaixamentos, o saldo é negativo para a equipe alvirrubra. 

4º – Criciúma: Atualmente na Série A, o Tigre disputou a sua 24ª edição da Série B no ano passado. O time de Santa Catarina foi campeão em 2002 e nunca ficou mais de cinco temporadas seguidas na segunda divisão. Com alguns acessos na conta, o Criciúma oscila e já registrou também rebaixamentos à Série C.

5º – Londrina: o Tubarão também soma 24 participações na segunda divisão nacional, com o título da edição de 1980. Apesar da frequência na disputa, a equipe Paranaense não possui tantos acessos e, atualmente, disputa a Série C, por ter sido rebaixado no ano de 2023, com apenas 31 pontos.

Náutico, América de Natal e Remo são outros clubes que somam mais de 20 participações na segunda divisão, o Timbu com acessos mais frequentes do que os outros dois clubes. A presença frequente na segunda divisão acaba trazendo limitações financeiras, administrativas ou esportivas, se compararmos com o que a elite do futebol brasileiro oferece. 

Se por um lado é um complicador para os clubes com mais poderio financeiro, por outro é uma vitrine para equipes que não podem sonhar – a curto prazo – em disputar títulos de grande relevância nacional. A Série B, com seu caráter competitivo e imprevisível, é um palco crucial para clubes que buscam se reerguer e reafirmar sua posição no cenário do futebol brasileiro.

Quando analisamos que os maiores campeões, Goiás, Coritiba, América-MG, Botafogo, Paysandu, Palmeiras, Red Bull Bragantino, têm dois títulos cada, percebe-se o equilíbrio, a dificuldade que a competição impõe, por inúmeras razões. No final, consegue conquistar seu objetivo, a equipe que assimila o torneio e o disputa racionalmente, driblando as dificuldades e valorizando cada rodada. 

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