Técnico do Cruzeiro não se intimida e fala de assunto polêmico no futebol

Técnico estrangeiro no Brasil é um assunto que sempre gera polêmica. Neste ano, o Cruzeiro contratou o técnico uruguaio Paulo Pezzolano. Enérgico à beira do campo, o treinador nunca escondeu que é competitivo. Sabe-se que o trabalho realizado ao longo desta temporada se deve, em grande parte, a toda essa energia dele.

Quando questionado sobre a adaptação no Brasil e sobre ter trazido outros uruguaios para a comissão técnica, Pezzolano disse que isso não foi um problema. As declarações foram dadas ao podcast Cabuloso, no canal Samuel Venâncio, do Youtube, na noite desta quinta-feira (10).

“Nós somos muito humanos. Tentamos trocar ideias e deixamos um clima bom. Às vezes quem está mais afastado sou eu. É normal. Até eu tomar decisões, vou ficar um pouco mais fechado. Eu sou treinador mas tento nunca demonstrar que estou acima de todos. A sorte que eu tenho é ter quatro pessoas. Primeiro, são pessoas jovens. Mas sempre buscamos aprender”, disse Pezzolano.

Polêmicas

Há quem não apoie a presença de técnicos estrangeiros no Brasil. O treinador Oswaldo de Oliveira, que teve uma passagem curta pelo Cruzeiro entre agosto e novembro de 2006, se irritou ao falar sobre o assunto. Nitidamente revoltado, o treinador não mediu as palavras em palestra na Brasil Futebol Expo 2022, maior evento de futebol da América Latina, realizado no início de setembro.

No evento, ele não escondeu sua insatisfação e, em um tom que parecia sentir-se injustiçado, fez um comparativo entre técnicos estrangeiros e brasileiros.

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“A gente, hoje, não consegue sair daqui (Brasil) e nós estamos brigando por isso. A gente não consegue sair daqui para treinar um time de segunda divisão em Portugal, porque tem que mostrar o ‘bagulho’ lá (Licença UEFA). Eles (portugueses) chegam aqui, metem o pé na porta, e qualquer um dirige o melhor time do Brasil, é só falar ‘ora pois'”, reclamou.

Ao continuar demonstrando sua indignação, Oswaldo de Oliveira falou do tempo de carreira que já dedicou ao esporte.

“Não pode isso! Estamos lutando para conseguir, através da CBF e da Conmebol, chegar na Fifa e mudar essa história. Eu trabalhei 16 anos no Catar, tem gente que trabalhou 30 anos e, hoje, a gente não consegue mais”, completou.

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