Revelado por que o Athletico-PR não quer liberar atletas pro Cruzeiro

O Cruzeiro enfrenta desafios com o Athletico-PR no mercado de transferências em sua busca por reforços visando a continuidade do Campeonato Brasileiro.  Apesar do desejo de fortalecer o elenco sob o comando do técnico Pepa, a equipe celeste se depara com algumas dificuldades que têm impactado suas negociações. 

Além dos problemas financeiros que assolam o clube, o Cruzeiro também enfrenta a concorrência de outras equipes interessadas nos mesmos jogadores. 

No entanto, uma situação particular tem chamado a atenção: as dificuldades colocadas pelo Athletico-PR, que têm complicado ainda mais a busca por contratações pelos mineiros.

Cruzeiro enfrenta desafios na busca por reforços do Athletico-PR 

Durante a janela de transferências, o Cruzeiro demonstrou interesse em jogadores que pertencem ao Athletico-PR, sendo eles o zagueiro Zé Ivaldo, um antigo desejo da diretoria celeste, e o meio-campista Léo Cittadini. 

Segundo informações do ge.globo, o Cruzeiro consultou a disponibilidade de Cittadini, porém, mesmo com o jogador recebendo poucas oportunidades na equipe paranaense, o Athletico-PR descartou a possibilidade de negociação com o clube mineiro.

A diretoria do Athletico-PR adotou uma postura firme também em relação a Zé Ivaldo. O zagueiro possui contrato com o clube até dezembro, e a partir de julho estará livre para assinar com qualquer equipe, sem custos, reforçando o novo clube apenas em 2024.

Apesar do interesse em Zé Ivaldo, o Cruzeiro enfrentou dificuldades para conseguir a liberação do jogador por parte do Athletico-PR. A diretoria do Furacão adotou uma postura rígida e exigiu contrapartidas financeiras, o que acabou afastando a Raposa do negócio. 

Com o fracasso nas negociações, o zagueiro seguiu atuando pelo clube paranaense e já completou sete jogos nesta temporada do Campeonato Brasileiro. 

Conflito judicial entre Cruzeiro e Athletico-PR afeta negociações

O jogo duro do Athletico-PR em relação ao Cruzeiro pode ser explicado por um conflito judicial entre os dois clubes. 

Segundo uma fonte ligada ao Athletico-PR, o clube paranaense tem dificultado as negociações com a Raposa como forma de retaliação a uma ação judicial aberta pelo Cruzeiro no valor de R$ 56 milhões. Essa ação está relacionada ao imbróglio envolvendo a compra do atacante Vitor Roque.

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Conforme o Cruzeiro, o Athletico-PR teria violado uma regra em relação à renovação de contrato de Vitor Roque. O clube celeste alega que fez uma proposta de extensão de vínculo com o atacante antes do Furacão depositar o valor da multa rescisória do jogador, que era de R$ 24 milhões e foi efetuado em abril de 2022. O Cruzeiro argumenta que tinha preferência para renovar com o atleta.

Ainda segundo o Cruzeiro, a renovação proposta foi protocolada na Federação Mineira de Futebol (FMF), mas mesmo assim o Athletico-PR efetuou o pagamento referente ao contrato anterior. Para os mineiros, o Furacão deveria ter comunicado o clube sobre a proposta para Roque, dando à Raposa a oportunidade de igualar as cifras oferecidas ao jogador.

Renovação contratual de Vitor Roque

Ao considerar a renovação do contrato de Vitor Roque, é válido destacar que no mercado nacional do futebol brasileiro, a multa rescisória é estabelecida com base no salário do jogador. 

Assim, uma extensão automática do vínculo de Roque, acompanhada de uma valorização salarial, resultaria em um aumento do valor necessário para que outro clube pudesse contratar o atacante e rescindir o contrato com o Cruzeiro. 

“Caso a entidade de prática desportiva formadora oferte as mesmas condições, e, ainda assim, o atleta se oponha à renovação do primeiro contrato especial de trabalho desportivo, ela poderá exigir da nova entidade de prática desportiva contratante o valor indenizatório correspondente a, no máximo, 200 (duzentas) vezes o valor do salário mensal constante da proposta. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011)”, consta na Lei em que o Cruzeiro se agarra para a cobrança dos R$ 56 milhões.

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