O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, quebrou o silêncio nesta quinta-feira (15) para relatar atitude gravíssima do Corinthians. Em declaração bombástica, o mandatário do clube revelou que o Timão não está fazendo os pagamentos da compra de Raniele. A dívida cresceu de dimensão e agora será resolvida na justiça, já que a parte ingressou com uma ação judicial.
O Cuiabá entrou na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para cobrar cerca de R$ 11 milhões do Corinthians, já que o clube não arcou com as parcelas da compra de Raniele. Após fazer a compra do jogador, o Timão fez o primeiro pagamento, mas deixou em aberto a segunda parcela, que tinha vencimento no final de julho.
A maior dor de cabeça para o Corinthians é que o contrato prevê pagamento integral em caso de inadimplência. O acordo com o Cuiabá previa pagamento de 400 mil euros (R$ 2,4 mi) até o final de julho, mais 520 mil euros (R$ 3,1 mi) em novembro e 400 mil euros (R$ 2,4 mi) em julho de 2025, mas com o atraso terá que ser feito de imediato.
Em entrevista ao UOL, Cristiano Dresch falou que o Cuiabá está sendo prejudicado pelo Corinthians e não era possível ficar parado e por isso a atitude de entrar com a ação foi necessária.
“Por mais que o prazo seja longo para resoluções, não podemos ficar parados diante da situação. É algo gravíssimo. O Corinthians contrata o jogador de um rival do mesmo campeonato, usa, usufrui do seu futebol e não paga por ele. É um processo que o Corinthians e outros clubes fazem. Contratam, devem e depois ganham tempo na Justiça. Se eu faço isso com o Cuiabá que é SAF e tem dono, o jogador rapidamente penhora nossos bens. A gente não faz e paga tudo direitinho. Pior ainda é dever e fazer várias propostas milionárias a outros clubes como se nada tivesse acontecendo”, afirmou o presidente do Cuiabá.
Cuiabá quer mudanças no futebol brasileiro
Ainda na declaração, Cristiano Dresch pediu mudanças no futebol brasileiro. “O futebol brasileiro precisa mudar. Precisamos ser mais responsáveis. O Cuiabá honra seus deveres, os outros também devem honrar e respeitar. Hoje é com o Corinthians, mas acontece toda hora e nada muda”, finalizou.
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