Pepa não se cala mais e revela problema do Cruzeiro que ninguém sabia ainda
O ex-treinador do Cruzeiro usou a última semana para contar alguns bastidores de sua saída. Mas uma revelação específica deixou os torcedores celestes preocupados para a fase final do Campeonato Brasileiro. Pepa, que rasgou elogios para a técnica dos jogadores, fez um grande alerta para as partes envolvidas diretamente no dia-a-dia da SAF.
O técnico português fez questão de ressaltar a qualidade técnica dos atletas que jogam no Brasil, onde, por apenas 5 meses, conseguiu observar de perto. Por outro lado, Pepa também mencionou a intensidade pela qual se deu sua passagem pela Toca, citando o calendário nacional, com muitos treinos, viagens e jogos.
A revelação que pegou todos os torcedores desprevenidos é que chamou atenção, Pepa diz que a parte mental é a questão mais difícil de resolver e precisa de uma ação sobre o tema. O Cruzeiro foi exatamente a equipe em que o português mais sofreu pressão no comando. Por ter treinado apenas clubes modestos até chegar em Belo Horizonte, ele disse que o clima nos estádios do Brasil, quase sempre com muito público, prejudica os atletas que estão em campo.
Ao encontrar estádios lotados, Pepa percebeu uma quantidade demasiada grande de xingamentos, bem como críticas por erros individuais dos jogadores ou atuações ruins. Para o técnico, esse clima que envolve os jogos prejudica os atletas de uma forma ainda não mensurada no Brasil.
“O que eu senti é que os jogos partem muito porque os jogadores vão no ruído da torcida, do estádio. Isso, às vezes, parte o jogo. Más decisões, às vezes, estão diretamente ligadas a essa emoção” – comentou Pepa.
Vale lembrar que o Cruzeiro não possui um departamento específico para a parte mental dos atletas e isso também foi motivo de desabafo do ex-treinador. Pepa acredita ser necessário maior foco e investimento para essa área. Assim, o nível do futebol poderia ficar ainda melhor, com trabalho voltado ao assunto, fazendo com que os jogadores pudessem entender melhor a parte estratégica e desenvolver até mesmo novas funções por conta do trabalho emocional.
“O jogador brasileiro, melhorando isso, é o melhor jogador do mundo. Mas é mesmo. Tem é que ter o controle do jogo. Não estou falando que são malucos. Têm que não vacilar em termos de barulho do estádio. São os melhores do mundo, tanto que vão para o Real Madrid, Barcelona, Premier League” – completou o ex-técnico do Cruzeiro.
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