O diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, participou da coletiva de apresentação do técnico Zé Ricardo, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (6), na Toca da Raposa, e falou dos motivos que levaram à Raposa a demitir Pepa.
Sem vencer há oito jogos, sete sob o comando de Pepa, o Cruzeiro resolveu mudar o comando técnico para conseguir os resultados esperados. Depois de sair do G4, a Raposa é 12° na tabela e está perto da zona de rebaixamento.
A última vitória do Cruzeiro no campeonato foi no dia 8 de julho, quando venceu o Vasco por 1 a 0, em São Januário. Na declaração, Pedro Martins afirmou que a diretoria não estava mais conseguindo ver evolução no time, que passava a semana treinando e não conseguia vencer.
“Pra que a gente consiga fazer um diagnóstico, olhamos tudo, os treinos, a energia, o processo de integração técnica com o indivíduo, com o coletivo, e tudo isso teve avaliação positiva e negativa, e tinha avaliação que infelizmente não identificamos evolução. Fizemos várias reflexões com a comissão técnica”, disse o diretor.
No entanto, fazer a demissão não foi fácil para os dirigentes da Raposa. A comissão de Pepa chegou ao Brasil em março de 2023 e compraram o projeto do clube com unhas e dentes. “O Pepa e a sua comissão apresentaram e acreditaram no projeto, e a gente teve que tomar essa decisão com uma dificuldade pela relação pessoal que existia aqui. Eu não tenho dúvidas que pelo potencial do Pepa ele tem um futuro brilhante”, falou Martins.
Em fase de reestruturação do clube, Pedro Martins explicou aos repórteres presentes da necessidade de avaliar os erros e acertos para que os mesmos não voltem a acontecer. “Fazer recorte e pensar agora o que poderia ser feito de diferente, é óbvio que fazemos, inclusive com decisões que geraram o acesso. E quando a gente olha pra trás, no erro e no acerto, a gente poderia ter feito muita coisa diferente. Mas não podemos esquecer que as decisões têm que ser tomadas naquele momento. E todas as decisões que tomamos até agora foram pensando no fortalecimento do Cruzeiro”, disse o diretor, que está trabalhando na gestão da SAF desde o final de 2021.
Ciente de que toda mudança gera um risco, o diretor finalizou dando confiança ao técnico Zé Ricardo, que vai ter oito dias de preparação até o próximo jogo, contra o Santos, pela 23° rodada do Brasileirão. “A decisão de ficar é um risco, a de trocar também é um risco. Por isso temos que ter clareza em cada passo. Não chegou um salvador da prática, como também não existia antes. É colocar a mão na cabeça e tomar as melhores decisões para obter os melhores resultados”, completou.
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