Média de demissão de técnicos no Cruzeiro é grande alerta pra diretoria
O Cruzeiro anunciou na tarde desta segunda-feira (8) a demissão do técnico Nico Larcamón, que estava no cargo desde janeiro de 2024 e deixou o cargo após 14 jogos, sendo sete vitórias, quatro empates e três derrotas. A decisão foi tomada pela diretoria depois de entender que o trabalho não tinha mais como continuar, já que problemas de comunicação e de objetivos vinham acontecendo.
Com a demissão, o Cruzeiro vai chegar ao quinto treinador desde 2022, sendo a terceira em apenas oito meses. Em menos de um ano, tirando Larcamón, o clube havia demitido Pepa em agosto e Zé Ricardo em novembro. Assim, a média de desligamentos está sendo de um treinador a cada 116 dias, prática contrária ao discurso da SAF.
Desde a chegada da SAF, no final de 2021, o Cruzeiro já teve de treinador Paulo Pezzolano, que deixou o clube para ir ao Valladolid, time de Ronaldo na Espanha, Pepa, Zé Ricardo e Larcamón, além de ter Fernando Seabra e Paulo Autuori como interinos. Entre os cotados para o cargo está Luiz Zubeldía, que venceu a Sul-Americana com a LDU em 2023.
Apostando em trabalhos a longo prazo, a diretoria do Cruzeiro não vem conseguindo aplicar o discurso. Quando Pezzonalo deixou o clube, o clube explicou que Pepa seria uma continuidade, que não deixaria sequelas no time.
“O Pepa é um passo de continuidade, não existe uma ruptura na metodologia. Existe uma continuidade e alguns ajustes estratégicos. A gente entende que o Pepa deve fazer alguns ajustes.. Mas não estamos vendo nenhuma mudança conceitual, o perfil de trabalho é muito parecido. Nosso principal receio era encontrar alguém que mantivesse o nível de exigência e cobrança do Pezzolano, e isso o Pepa tem”, disse o diretor de futebol Pedro Martins.
Sem vencer sete jogos no Brasileirão, Pepa foi sacado do cargo, apesar do bom desempenho da equipe dentro de campo. Em entrevista ao podcast Flow, Ronaldo explicou que repudia a prática de ficar mandando treinador embora a todo momento.
“Há várias coisas que você pode pedir ao treinador. É uma busca complicada. No Brasil, do jeito que fazem, ninguém faz isso. Mandam embora um, outro, só vão trocando. Ninguém chega ali: ‘amigão, quero que meu time jogue assim, que a torcida fique feliz e se divirta’. Não tem”, comentou o Fenômeno no Flow Podcast.
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