Honrou o Brasil internacionalmente e agora só consegue dormir à noite se estiver bêbado

Pedro Lima representou o Brasil no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro, e ficou com a melhada de ouro ao bater o estadunidense Demetrius Andrade na decisão da categoria meio médio de boxe, ficando com o lugar mais alto do pódio após 44 anos de jejum. Atualmente com 41 anos, o ex-pugilista baiano passa por um momento conturbado na vida pessoal e tem trabalhado fazendo ‘bicos’ em Salvador.

Em entrevista ao Globo Esporte da Bahia, Pedro Lima contou que não conseguiu manter a grande fase após o ouro no Pan, ficando de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim, Londres e Rio de Janeiro. Os problemas esportivos afetaram o pugilista, mas nada que se compare à dor de ter perdido a esposa há pouco mais de um mês, vítima de um câncer.

“Quando dá 17h que eu chego em casa e não encontro minha mulher me esperando é uma dor tão grande que, desculpe dizer isso, mas tem vinte dias que eu só consigo dormir bêbado. Não consigo dormir porque só consigo lembrar dela. Não estou com depressão. Estou vivendo um momento ruim que eu sei que uma hora vai passar”, lamentou o campeão pelo Brasil.

Ex-campeão do Brasil sofre com o luto

“Depois que eu me aposentei, minha vida não digo que está ruim, fome não passo… Sempre fui correria, batalhei. Mas de toda essas perdas, o que eu mais sofro é a perda da minha mulher. É a dor principal. Eu daria tudo. Daria título, casa, daria a minha vida para ela estar aqui comigo. Eu não desejo para ninguém. Depois que minha mulher se foi, eu só estou de pé porque tenho dois filhos”, desabafou Pedro Lima.

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