Ex-presidente do Cruzeiro vai à Justiça pedir ajuda em ação penal que envolve o clube

Não seria exagero dizer que Wagner Pires de Sá foi o maior responsável por tudo de ruim que aconteceu ao Cruzeiro nos últimos anos. Ex-presidente do clube, ele esteve à frente do futebol celeste de outubro de 2017 até o fatídico rebaixamento em 2019, quando renunciou.

Wagner Pires de Sá, e nem poderia ser diferente, é réu em ação penal sobre o Cruzeiro. Em novembro de 2020, a Justiça acatou denúncia do Ministério Público e instaurou processo criminal contra ex-dirigentes do Cruzeiro, dentre os quais está o ex-presidente. 

Afundou o Cruzeiro e agora quer ser vítima

O processo trata crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O fato é que a defesa de Wagner Pires de Sá tomou uma atitude inesperada e pediu que os computadores apreendidos na sede do clube ainda em 2019 sejam periciados. 

O pedido teve como base uma denúncia anônima, sem comprovação, com indicações de supostas irregularidades no decurso da investigação.

O atual presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, citado nesta carta anônima, foi intimado pela Polícia Civil para “elucidação dos fatos”. Ele não é investigado. Em contato com o Globo Esporte (ge), Sérgio Rodrigues informou que o caso é antigo, de 2021, e que já se colocou à disposição para tratar do tema judicialmente. 

A defesa de Wagner Pires de Sá, por outro lado, afirmou que, caso o pedido de perícia seja acatado pela Justiça, também vai contratar um perito particular para acompanhar todos os desdobramentos da investigação. 

“As denúncias são claras, feitas por alguém que tem conhecimento de causa, de alguém que atuou com a devida riqueza de detalhes. A gente confia na Corregedoria, na Justiça. A gente quer fazer uma perícia, que é um direito nosso, vamos contratar um perito para verificar se, o que foi noticiado, ocorreu”, disse o advogado Marcos Aurélio de Souza ao ge.

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