O lateral-esquerdo Matheus Bidu, ex- Cruzeiro e atual jogador do Corinthians, recentemente demonstrou um posicionamento antirracista após a vitória do seu time sobre o Universitario, do Peru, durante a Copa Sul-Americana.
Em um gesto, Bidu utilizou as redes sociais como plataforma para manifestar-se e levantar a bandeira contra a discriminação racial.
Matheus Bidu, ex-lateral do Cruzeiro, faz manifestação antirracista após vitória na Copa Sul-Americana
A vitória do Corinthians sobre o Universitario por 2 a 1 no jogo de volta dos playoffs da Copa Sul-Americana foi marcada não apenas pelo desempenho esportivo, mas também por um triste episódio de racismo enfrentado pelos jogadores do Corinthians.
Antes mesmo de a bola rolar, alguns torcedores peruanos proferiram sons de macaco em direção à equipe brasileira, revelando mais uma vez o lamentável preconceito racial presente no cenário esportivo.
Diante dessa situação, o lateral Matheus Bidu, que também foi alvo desses atos durante a chegada ao estádio Monumental de Lima, tomou uma atitude.
Utilizando as redes sociais como meio de expressão, ele se pronunciou contra o racismo:
“Inadmissível existirem seres humanos imundos como vocês, lixos de pessoas. Acham normal atos racistas? Enquanto existirem pessoas como vocês, o mundo não vai para frente. Racistas de m…”, escreveu.
Apesar de sua manifestação antirracista, o lateral do Corinthians, foi alvo de diversas mensagens racistas como resposta em suas redes sociais, o que o levou a expor publicamente essa situação. “Macaco de mer..”, “Negro asqueroso”, com emojis de bananas e macacos.
É importante destacar que o confronto entre os clubes não foi o único momento marcado por atos racistas. Na partida de ida, Sebastián Avellino Vargas, preparador físico do Universitario, protagonizou uma cena ao fazer gestos racistas imitando um macaco em direção à torcida corintiana.
Esse comportamento levou à prisão em flagrante do profissional da comissão técnica peruana na última quarta-feira (12). Atualmente, ele permanece detido no Brasil, após ter a decisão mantida em audiência de custódia e o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
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