As brigas protagonizadas por torcida organizadas cada vez mais vem prejudicando a imagem do futebol brasileiro, se tornando algo constante entre “torcedores” de clubes de todo o país e gerando tragédias em meio aos conflitos.
Na manhã dessa sexta-feira (9), A Justiça de Minas Gerais oficializou a condenação de dois integrantes da torcida organizada do Cruzeiro, “Máfia Azul”, que foram julgados culpados pelo assassinato de um torcedor do Atlético, Matheus de Freitas Ferreira, de 20 anos. O jovem estava a bordo de um ônibus com outro torcedores atleticanos antes de serem emboscados por membros da Máfia Azul após duelo entre Atlético-MG e Fluminense pelo Campeonato Brasileiro em 28 de novembro de 2021.
De acordo com relatos da Polícia Militar, o ônibus teria sido interceptado por criminosos que saíram dentro de outro veículo e atiraram pedras, foguetes, pedaços de pau e barras de ferro em direção às vítimas. O ataque, além de deixar uma vítima fatal, deixou outras nove pessoas feridas, que foram encaminhadas a um hospital logo após o ocorrido.
Três anos depois, Samuel Paixão de Souza e Riquelme Enderson Ribeiro da Silva foram finalmente condenados a penas que, em conjunto, chegam a 67 anos de prisão, porém, ainda poderão recorrer à decisão em liberdade. Luiz Gustavo e Pedro Henrique, os outros dois envolvidos no crime, ainda serão julgados de forma separada aos dois primeiros.
Cunhado de vítima pediu Justiça após enterro de jovem
Após a realização do enterro de Matheus Ferreira, o cunhado da vítima foi o único a se pronunciar à imprensa para solicitar justiça pelo caso, e afirmou que o ocorrido não foi apenas uma briga entre torcedores, e sim, um crime.
“Não foi uma briga de torcida. Eu conversei até um cruzeirense que estava no ônibus e teve que se esconder para não ser morto. Aquilo foi um atentado”, disse.
Comentários estão fechados.