Dedé está pistola com o Cruzeiro e dispara mais uma vez contra a gestão atual

Desde a sua aposentadoria em 4 de julho do ano passado, o zagueiro Dedé tem travado uma batalha judicial com o Cruzeiro, seu ex-clube, desde que pediu rescisão contratual em 2021. 

Envolvido em uma causa trabalhista milionária, Dedé encontra-se agora inserido no plano de recuperação judicial do clube celeste.

Zagueiro aposentado, Dedé, enfrenta o Cruzeiro em uma luta judicial pela causa trabalhista

Em uma entrevista recente no programa Bola da Vez, da ESPN, Dedé justificou o seu voto “não” na assembleia de credores realizada em 21 de junho deste ano. Nessa reunião virtual, o plano de recuperação judicial do Cruzeiro foi aprovado por maioria de votos.

“Muita coisa continua para ser recebida em prazo longo. Esse é o motivo de eu ter votado contra. É um direito meu. Se a recuperação judicial beneficia mais aqueles que têm mais a receber, isso não é recuperação justa”, criticou Dedé.

Conforme os dados atuais do Plano de Recuperação de Credores do Cruzeiro, Dedé teria a receber do clube a quantia de R$ 19.415.858,00.

“O Cruzeiro deveria ter ao menos tentado conversar com os atletas e nossos advogados para encontrar uma forma mais viável de pagamento. Mas, retirar aquilo que temos por direito não é justo”, desabafou o ex-jogador.

Apesar da reclamação de Dedé, o Cruzeiro demonstrou abertura para discutir com os credores os detalhes do plano de recuperação judicial do clube.

Dedé x Cruzeiro

Dedé tomou a decisão de acionar a Justiça em 2021, buscando o pagamento de R$ 35 milhões referentes a dívidas trabalhistas e multas do Cruzeiro. Após negociações, um acordo foi alcançado entre as partes, estabelecendo a dívida em R$ 16,6 milhões, a ser quitada em 60 parcelas ao longo de cinco anos, com valor mensal de R$ 276.666,66. Contudo, o clube não honrou o acordo.

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“Tanto que o que eu ganhei na Justiça do Cruzeiro foi um acordo. Era um dinheiro maior que eu fiz um acordo com eles, que não acertaram esse acordo, e querem tirar desse acordo feito, onde está tudo esclarecido da melhor forma. Não é pouco, querem tirar muito mais da metade do que a gente tem o direito. Sem conversa, sem nada”, disse.

Diante do acordo descumprido, Dedé buscou a atualização do valor da dívida para mais de R$ 20 milhões e solicitou que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) cruzeirense fosse incluída no processo como solidária. Embora a atualização monetária tenha sido realizada, o pedido de solidariedade da SAF não foi atendido naquele momento.

“Estou lá em casa esperando pelo menos uma ligação de alguém. Nunca tive nenhuma ligação dos caras. Qualquer atleta que tenha um valor um pouco acima da situação, ninguém vai aceitar no formato que querem fazer”, concluiu.

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