Decisão tomada por Pedro Lourenço enche a torcida do Cruzeiro de orgulho
O Cruzeiro segue na briga por uma vaga na Pré-Libertadores e na próxima quarta-feira (4), encara o Palmeiras em jogo decisivo para as ambições do clube para a próxima temporada. Esse duelo ganhou um ingrediente a mais na noite do último domingo (1), quando a CBF confirmou que a duelo seria sem torcida, mas o clube mineiro ainda espera mudar essa situação.
O Cruzeiro conta com o apoio do governo de Minas Gerais para reagir à decisão da CBF que determina que o confronto contra o Palmeiras, válido pela 37ª rodada do Brasileirão, ocorra com portões fechados no Mineirão. O governo mineiro informou que entrará com uma ação judicial nesta segunda-feira (2) para tentar reverter a medida.
Veja o posicionamento do clube e do governo
Embora o Cruzeiro ainda não tenha se manifestado oficialmente, o empresário Pedro Lourenço, dono da SAF cruzeirense, declarou ao Estadão sua insatisfação com a decisão: “Não concordamos com isso.”
No domingo, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou à Rádio Itatiaia que o governo recorrerá à Justiça para permitir a entrada exclusiva de torcedores cruzeirenses no estádio. Segundo ele: “Não faz sentido punir os torcedores do Cruzeiro pela barbárie da Mancha Verde.”
A medida da CBF foi motivada pela emboscada promovida pela torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, contra a Máfia Azul, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), que resultou na morte de José Victor Miranda dos Santos, de 30 anos, além de 17 feridos.
Em nota, a CBF justificou que a decisão foi tomada para “garantir a segurança de torcedores e cidadãos”, com base em alertas do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e da Polícia Militar. O comunicado foi assinado pelos diretores André Matos (jurídico) e Júlio Avelar (competições) e enviado aos clubes e às federações mineira e paulista.
O técnico Fernando Diniz e os jogadores do Cruzeiro expressaram contrariedade com a ausência da torcida: “Jogar no Mineirão sem a nossa torcida não é a mesma coisa. Esperamos que as autoridades resolvam essa questão.”
Já o Palmeiras lamentou que as autoridades mineiras não tenham apresentado um plano de segurança para permitir a presença de ambas as torcidas e considerou “inaceitável que um conflito em uma rodovia penalize clubes e torcedores que pretendiam assistir ao jogo decisivo”.
Comentários estão fechados.