O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, enviou na quarta-feira, dia 23 de março, um comunicado ao Conselho Deliberativo do clube. Sérgio convida os membros do conselho para uma reunião, com o objetivo de esclarecer qualquer dúvida sobre a SAF do time. Na reunião, o dono Ronaldo Fenômeno e representantes da XP Investimentos também estarão presentes.
A reunião tem data marcada para hoje, nesta quinta-feira, dia 31 de março, no Parque Esportivo do Barro Preto. Tudo isso, porque na próxima segunda-feira, dia 4 de abril o Conselho Deliberativo vai avaliar os pedidos de Ronaldo para a oficialização do acordo de compra da SAF.
Nos bastidores da Raposa, a informação de que o clube poderia ter aceitado uma oferta da 777 Partners, empresa que comprou o Vasco, foi vista de forma negativa. A oferta da 777 é financeiramente acima da realizada por Ronaldo. Enquanto o ex-jogador fez um investimento inicial de R$50 milhões, enquanto a 777 Partners desembolsaria R$250 milhões, mais R$200 milhões limpos para o pagamento de dívidas.
No entanto, o Cruzeiro, junto com a XP Investimentos, optou por Ronaldo Fenômeno graças a seu reconhecimento mundial no cenário do futebol.
Ronaldo e o Cruzeiro
Ronaldo Fenômeno anunciou a compra de 90% das ações do Cruzeiro no dia 18 de dezembro de 2021, pelo montante total de R$ 400 milhões. A Raposa é o primeiro clube-empresa no Brasil a usar o modelo Sociedade Anônima do Futebol (SAF), desde que foi aprovado pelo Congresso Federal no ano passado.
Após 86 dias da assinatura oficial do contrato de compra, Ronaldo exige novos ajustes e discute assuntos fundamentais para se tornar dono em definitivo do clube. Uma das principais exigências, seria a compra das Tocas da Raposa I e II, porém, qualquer negociação envolvendo imóveis sobre domínio do clube, deve ser votada pelo conselho deliberativo.
O Presidente do Cruzeiro comentou sobre a possibilidade de desistência da compra por parte de Ronaldo Fenômeno.
“Eu acredito que não vai desistir do acordo. Não posso falar por ele. (…) A torcida pode ficar absolutamente tranquila. Aquele foi um prazo que a gente se estipulou, que a gente entende que seria normal pra uma diligencia, uma operação desse tamanho, mas é claro que se estender mais um pouquinho, não existe isso de acabou o negócio.”