Comentarista não tem medo e aponta erros de Pedrinho BH no Cruzeiro

A demissão de Fernando Diniz do comando técnico do Cruzeiro gerou diversas discussões no ambiente esportivo. Diniz, conhecido por sua filosofia de jogo baseada na posse de bola e movimentação intensa, teve sua atuação à frente do clube mineiro julgada como insuficiente por analistas e torcedores. O comentarista Walace Borges, da TNT Sports, foi um dos críticos da passagem de Diniz pelo Cruzeiro, descrevendo seu trabalho como constrangedor devido à falta de flexibilidade nos esquemas táticos.

“Fernando Diniz viveu um 2024 muito ruim. Foi um trabalho constrangedor. Depois do título da Recopa Sul-Americana pelo Fluminense, os trabalhos do Diniz por Fluminense e Cruzeiro foram constrangedores. Diniz precisa entender que os trabalhos dele precisam de variação. (…) Ele é um técnico que tem conceitos legais, mas é um cara muito preso nesses conceitos. Ele sempre tenta provar o ponto dele, mas quando é questionado em coletiva, a resposta dele é sempre agressiva. É sempre uma postura de ‘dono da verdade’. Isso afundou o trabalho dele à frente do Cruzeiro”, iniciou o comentarista.

Dono da SAF do Cruzeiro, Pedrinho não escapou de críticas

Pedro Lourenço e Alexandre Mattos, representantes da diretoria do Cruzeiro, também foram objeto de crítica ao lidarem com a gestão de Diniz. A avaliação do comentarista Walace Borges foi de que a diretoria celeste subestimou as dificuldades de gerir um clube de grande tradição do futebol brasileiro como o Cruzeiro.

“O Diniz já estava demitido há dois meses. A pressão já era gigantesca, mas por causa da coletiva em que o Diniz humilhou a diretoria do Cruzeiro, o Pedrinho deu um passo atrás. O Pedrinho rejeita projetos. O Pedrinho ignorou isso. Achou que o futebol era fácil. Ele, que sempre botou dinheiro no Cruzeiro, mas nunca esteve no dia a dia, menosprezou a dificuldade do futebol”, disse Walace Borges.

“O Cruzeiro, nas figuras de Pedrinho e Alexandre Mattos, em pleno 2025, acha que futebol é trazer um monte de jogador, bota na mão de um treinador que não vai funcionar, que não tem as características, e acha que ele vai resolver. Que se aprenda com erros. Que se melhore a gestão do futebol com os erros”, concluiu.

Contratado em setembro de 2024, Diniz assumiu o comando do Cruzeiro em 20 partidas, com um aproveitamento de 35%, conquistando quatro vitórias, nove empates e sete derrotas. A pressão sobre ele aumentou no final de 2024, após a perda do título da Copa Sul-Americana para o Racing e a posição do time fora da zona de Libertadores no Campeonato Brasileiro, o que gerou descontentamento entre os torcedores. Em 2025, o Cruzeiro disputou cinco partidas sob o comando do treinador, contabilizando uma vitória, dois empates e duas derrotas.

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