Garantias da Polícia Militar não foram suficientes para evitar confronto entre torcidas de Cruzeiro e Atlético
O final de semana em Minas Gerais ficou manchado pela morte de Lucas Elias Vieira Silva, torcedor do Cruzeiro morto a tiros após um confronto com a torcida do Atlético-MG. O jovem havia completado 28 anos no último dia 16 de fevereiro e trabalhava como motoboy.
Lucas foi morto depois de ter levado um tiro no tórax. Ele até chegou a ser socorrido com vida e levado ao Hospital Santa Rita, no Jardim Industrial, em Contagem, mas veio a óbito enquanto passava por uma cirurgia.
Polícia Militar detalha o que aconteceu no confronto entre torcidas de Cruzeiro e Atlético
De acordo com a Política Militar de Minas Gerais, a confusão envolveu cerca de 80 torcedores, que se encontraram próximo ao cruzamento entre as avenidas Tito Fulgência e Tereza Cristina, no Barreira. Vale dizer que, além de Lucas, outros dois torcedores cruzeirenses foram baleados na perna.
Ainda de acordo com a PM, os disparos foram feitos por integrantes de uma organizada do Atlético. Os suspeitos foram detidos.
Vale lembrar que os jogos de Cruzeiro e Atlético-MG aconteceram no mesmo dia e no mesmo horário em Belo Horizonte. A Raposa enfrentou o Uberlândia, no sábado (2), às 16h30, no Mineirão. O Galo recebeu o Ipatinga na Arena MRV.
Antes da rodada, havia um grande temor sobre possíveis confrontos entre as organizadas. A Polícia Militar afirmou que faria uma mobilização extra para garantir a segurança dos torcedores. O capitão Santiago destacou que a instituição estava monitorando ambas as organizadas.
“Os jogos em si deste sábado não são jogos que têm tanta periculosidade assim, por histórico, mas há sempre a preocupação com as torcidas, sobretudo as organizadas. A Polícia Militar faz o contato antecipado com eles, trabalha itinerários, ponto a ponto, minuto a minuto antes do jogo, para que haja prevenção, sobretudo do encontro dessas torcidas e consequentemente brigas e até mortes”, explicou.
Em contato com o site O Tempo Sport, amigos de Lucas afirmaram que ele era sócio torcedor do Cruzeiro, mas que não integrava nenhuma organizada do time. “Ele apenas estava descendo para o jogo. Não fazia parte de organizada. Era trabalhador, honesto e super tranquilo”, contaram.
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