Ídolo e maior artilheiro da história do Cruzeiro já foi jogador da Seleção Brasileira

Ídolo do Cruzeiro, Eduardo Gonçalves de Andrade, mais conhecido como Tostão, hoje tem 75 anos. Ele fez história quando passou pela Raposa. Até o momento, ele é o maior artilheiro do clube, com 245 gols. O ex-meia atuou com o manto celeste no período compreendido entre 1963 a 1972.

O número de títulos também impressiona. Foram seis conquistas do Campeonato Mineiro e campeão do Brasileiro de 1966. Ele é considerado o primeiro jogador de Minas Gerais a ser convocado para uma Copa do Mundo. No tricampeonato mundial de 1970, Tostão formou o trio ofensivo com Pelé e Jairzinho.

O jogador iniciou a carreira no futebol de salão do Cruzeiro, em 1961. No ano seguinte, foi para a equipe júnior de futebol de campo. Na época ele estava com 15 anos apenas. Em 1962, Tostão foi contratado pelo América-MG, mas retornou ao Cabuloso no ano seguinte. Esse retorno foi um tanto quanto curioso. O então diretor Felício Brand, priorizou a contratação do atleta e chegou ao seu próprio casamento com mais de 30 minutos de atraso. 

Cruzeiro e Seleção Brasileira

Tostão atuou pela Seleção Brasileira na Copa do México, em 1970. Ano, inclusive, em que o Brasil foi tricampeão mundial. Ele contribuiu para ‘confundir’ os adversários uma vez que saía para receber a bola, tabelar pelas laterais e armar jogadas. O meia fez dois gols naquela Copa, contra o Peru e Uruguai. Nas eliminatórias da Copa de 1970, ele foi o artilheiro com 10 gols. 

Há de se destacar que ao lado de Raul, Procópio, Piazza e Dirceu Lopes, Tostão ajudou a bater o Santos de Pelé e entrou para a história do Cruzeiro. Ao todo, foram 343 partidas disputadas pelo clube estrelado. Vale lembrar que quando saiu do futebol, ele fez medicina na Universidade Federal de Minas Gerais.

Em uma entrevista ao Globo Esporte em 2017, o  ex-atleta falou sobre o que acha de ter sido considerado um excelente jogador na Seleção. 

“Existe a possibilidade de eu ter crescido ainda mais no futebol se não tivesse parado cedo. Um jornalista britânico escreveu um dos maiores elogios que recebi. Ele disse que eu era o jogador do presente, na época, lá nos anos 1970, e o jogador do futuro, que poderia ser na Copa de 1974 o protagonista da Seleção, já que o Pelé não estaria. Eu fiquei satisfeito, mas acho que nem tanto. Sem falsa modéstia, eu fui um grande jogador, excepcional, mas, saindo de mim e virando um analista de mim mesmo, não acho que estou no nível dos maiores da história. Não me comparo nunca a um Ronaldo, a um Neymar, ao Romário, ao Zidane, essa turma que deve chegar a uns 30. Essa é a turma de primeiro nível. Eu estou abaixo deles”, declarou Tostão.

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