Fifa é acionada para mudar punições envolvendo casos de racismo no futebol
Os clubes do futebol brasileiro se uniram e enviaram uma carta à Fifa com duras críticas à Conmebol sobre como a entidade lida com os casos de racismo em suas competições. O caso mais recente que reacendeu a discussão foi com o jovem atacante Luighi, do Palmeiras, hostilizado por torcedores racistas do Cerro Porteño, do Paraguai, durante um jogo da Copa Libertadores Sub-20, na semana passada.
Palmeiras e outros clubes do Brasil assinaram um documento direcionado à Fifa com pedidos para que as punições em casos de racismo sejam mais rígidas. As equipes sugerem que sejam aplicadas multas pesadas, na faixa dos R$ 2,9 milhões, se não houver identificação do autor da injúria racial. Em alguns casos, o time que tiver torcedores que cometerão racismo também serão excluídos do torneio.
A Libra e a Liga Forte União (LFU), as duas grandes ligas do futebol brasileiro atualmente, se juntaram para enviar o documento. A ideia é que seja criado um protocolo de ações contra o racismo, com a Fifa ficando responsável por monitorar a situação. Uma das medidas é que o jogo seja suspenso imediatamente até que os atos racistas parem ou que os responsáveis sejam retirados do estádio.
Times do Brasil se unem à Fifa pela luta contra o racismo
“A CONMEBOL rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo. Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área”, diz a nota da entidade após o caso envolvendo o atacante Luighi. Os brasileiros pedem que a Conmebol tome medidas mais duras e que não fique apenas postando notas de repúdio.
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