Especialista comenta sobre possibilidade do Cruzeiro comandar o Mineirão 

Durante este ano, o torcedor do Cruzeiro viu surgir no horizonte estrelado a chance de ter um estádio para chamar de seu. Inicialmente, Ronaldo, dono de 90% das ações da SAF da Raposa, buscou o governo de Minas Gerais para negociar melhores condições de mandar seus jogos no Gigante da Pampulha. 

Em seguida, a prefeitura de Betim revelou a proposta da construção de uma arena esportiva na cidade. Contudo, desde cedo, sabia-se que a intenção do Cruzeiro era mesmo ficar em Belo Horizonte. Fato é que a trama ganhou uma reviravolta surpreendente nos últimos dias. 

O secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, disse, em entrevista recente ao Superesportes, que o governo estudava a possibilidade de romper o contrato com a Minas Arena, que administra o Gigante da Pampulha, no ano que vem. 

Com isso, uma nova licitação seria aberta pelo estado para que empresas interessadas pudessem enviar suas propostas. É neste ponto da história que o Cruzeiro pode se tornar um protagonista. Contudo, há um entrave financeiro que precisa ser resolvido pelo clube celeste. 

Na mesma entrevista, Fernando Marcato revelou que, apesar de o estado ter a prerrogativa para a ruptura unilateral de contrato, há previsto uma multa de indenização com a empresa, que gira em torno dos R$400 milhões. Com isso, para concorrer à licitação, o Cruzeiro teria que entrar com um aporte inicial no valor da multa. 

O Cruzeiro fará um bom negócio com o Mineirão?

No dia 15 de julho deste ano, Ronaldo esteve em Belo Horizonte para uma reunião com o governador Romeu Zema e o secretário Fernando Marcado. A conversa, claro, trouxe à tona o assunto do Mineirão. Vale lembrar ainda que o Fenômeno, na mesma passagem pela capital mineira, se encontrou com grandes empresários, para negociar parcerias.

Ivan Beck Ckagnazaroff, professor do Departamento de Ciências Administrativas da UFMG, comentou sobre a situação do Cruzeiro e destacou que Ronaldo, enquanto empresário, não entrará em uma negociação inviável para o clube

“Você pode ter crise econômica ou crescimento econômico, pode ter o fortalecimento ou a decadência do esporte como mercadoria, no sentido de atrair investimentos e público, pode ter o fortalecimento ou a frustração a depender do desempenho do Cruzeiro na Série A”, iniciou.

“Do ponto de vista do investidor, o Ronaldo necessita, além das suas empresas, de apoio fortíssimo para investir R$400 milhões em um estádio de futebol. Pelo que a gente observa, ele não me parece um empresário que faça um negócio sem conhecer bem os riscos”, concluiu.

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