Tudo o que você precisa saber sobre as dívidas do Cruzeiro
Ao assumir o Cruzeiro, Ronaldo encontrou um clube lançado ao descaso e à pouca sorte; uma casa desarrumada. A situação mudou drasticamente. Em menos de um ano, a Raposa conquistou o acesso à elite do futebol nacional e coroou a torcida com o título da Série B do Brasileirão. No entanto, ainda há muito caminho a ser percorrido.
Para se ter uma ideia da situação ainda calamitosa, de acordo com o balanço orçamentário divulgado pelo Cruzeiro, as dívidas do clube são na casa de R$1,2 bilhão. Vale destacar, de antemão, que a equipe adotou o regime de Recuperação Judicial.
Importante lembrar que a dívida é exclusivamente da associação civil do Cruzeiro, ou seja, não pertence à SAF de Ronaldo. A Sociedade Anônima do Futebol da Raposa, no entanto, terá que repassar parte da receita gerada com o clube para o pagamento dos créditos.
Veja detalhes das dívidas do Cruzeiro
O jornalista Jorge Nicola, do Superesportes, detalhou a situação do Cruzeiro na Justiça. De acordo com o profissional, o clube calcula ter aproximadamente 840 credores, de diversos segmentos. Porém, cerca de 40% são jogadores de futebol
Entretanto, a lista de credores do Cruzeiro assusta pela diversidade. Existem débitos com empresas de água (Copasa, no valor de R$2,5 milhões), telefonia (Vivo, R$2,3 milhões), luz e outras mais. Uma verdadeira gestão do caos.
Vale destacar a situação de dois ex-atacantes do Cruzeiro. Fred, por um lado, é o jogador com mais dinheiro a receber do Cruzeiro, algo superior a R$50 milhões. Marcelo Moreno, por sua vez, aparece na lista de fornecedores. Isto é, em tese, o Flecheiro teria emprestado dinheiro à diretoria celeste em sua última passagem pela Toca da Raposa.
As dívidas bancárias, além dos débitos pendentes com diversos clubes, preocupam. Para o BMG, por exemplo, o Cruzeiro tem um débito na ordem de R$97,7 milhões. O valor foi detalhado no plano de recuperação judicial da Raposa, apresentado à Justiça.
No entanto, nenhuma pendência preocupa mais do que uma ação movida por um grupo de empresários, responsáveis por bancar a compra do zagueiro Dedé. À época, ficou acertado que a recompensa viria na venda do atleta. O defensor saiu de graça. Esses empresários cobraram R$330 milhões; o pedido foi reconhecido pela Justiça de Minas Gerais.
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