Seleção da Copa do Mundo fez jogada de treinador que marcou história no Cruzeiro
Pode-se dizer que Cruzeiro e Adilson Batista construíram juntos uma longa história, repleta de conquistas, reviravoltas e algumas decepções. Mas há um fato inegável: o treinador terá para sempre um carinho com a Raposa, clube em que atuou quando ainda jogava.
No ano passado, Adilson Batista esteve à frente do Londrina, que fez uma campanha muito digna na Série B do Brasileirão. Em um de seus encontros com o Cruzeiro, o treinador foi às lágrimas ao relembrar o momento caótico da Raposa depois de ser rebaixada. “Estava fechado o Cruzeiro. Tinha dinheiro para absolutamente nada”, disse, à época.
Ainda durante aquela entrevista, Adilson comentou sobre a atuação de Ronaldo à frente da SAF do Cruzeiro. O técnico afirmou que, desde o princípio, viu a mudança com ‘bons olhos’. Vale lembrar, aliás, que Adilson atuou ao lado do Fenômeno pela Raposa em 1993.
“Gosto muito do Ronaldo. Joguei com Ronaldo, treinei o Ronaldo e está num clube que eu tenho carinho, então eu desejo sorte, sucesso e um ótimo trabalho pra ele”, comentou.
A história de Adilson Batista com o Cruzeiro
Ao certo, a maior parte da torcida do Cruzeiro nutre muito respeito por Adilson Batista. No entanto, nenhum grande movimento será uniforme. O treinador foi alvo de duras críticas em suas passagens pelo clube estrelado, mas um fato passou despercebido.
Hoje amplamente utilizado no futebol, Adilson Batista foi um dos primeiros treinadores a utilizar o ‘homem deitado’ na barreira, para evitar a cobrança rasteira. Tudo começou após o gol de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo, no jogo histórico contra o Santos.
O Fato é que a tática foi utilizada pela Sérvia na partida contra o Brasil, no jogo de estreia da Seleção na Copa do Mundo do Catar. Neymar sofreu uma falta na entrada da área e, na hora da cobrança, lá estava ele: o homem deitado.
A história de Adilson Batista como treinador do Cruzeiro teve início em 2008 e, inicialmente, durou até 2010. Ele conquistou dois Campeonatos Mineiros e foi vice-campeão da Libertadores, em 2009. Durante o período, ele fez 148 jogos pelo clube, com 86 vitórias.
A sua segunda passagem, em 2020, foi mais conturbada. “Atletas tomaram conta do clube em 2019, derrubaram o Mano, meu amigo, Abel e Rogério Ceni. Então, você chega e tem que limpar. Rezo para que o clube tenha logo um presidente. Tá precisando urgentemente. Hoje tem 8 gestores. E os oito querem tomar conta do futebol”, declarou em sua saída.
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