Ronaldo quebra o silêncio e fala sobre valor pago pela aquisição do Cruzeiro

Na recente entrevista ao podcast “Mano a Mano”, conduzido pelo cantor Mano Brown, Ronaldo Fenômeno abordou as críticas que recebeu em relação ao valor da aquisição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) celeste. 

O ex-atacante compartilhou que o montante das dívidas acumuladas pelo clube desempenhou um papel significativo nas negociações. 

A entrevista, divulgada nesta quinta-feira (6), revelou os bastidores dessa transação envolvendo um dos ícones do futebol brasileiro.

Ronaldo Fenômeno discute dívidas e desafios financeiros do Cruzeiro em entrevista reveladora com Mano Brown

“Vou pagar uma dívida que não era minha. Tenho meu mérito de ter uma boa equipe de gestão. Por isso que muitos torcedores contestam que eu peguei o Cruzeiro barato. Eu peguei o Cruzeiro com R$ 1 bilhão a menos. Agora que tá bem, na Série A… mas a gente aprovou a Recuperação Judicial (RJ) e tal. Ninguém quis antes”, destacou.

A aprovação da Recuperação Judicial do Cruzeiro estabeleceu um valor de cerca de R$ 580 milhões, porém, a dívida atual do clube mineiro ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. 

Desse montante, aproximadamente R$ 400 milhões são referentes a débitos tributários, os quais são incorporados ao valor total dentro da legislação da SAF. 

O contrato firmado entre Ronaldo e o Cruzeiro impõe a obrigação de investir R$ 400 milhões ao longo de cinco anos, sendo que esses recursos podem ser provenientes do próprio bolso do ex-atacante ou gerados pelo próprio clube.

Dentro desse contexto complexo, Ronaldo Fenômeno destacou que o Cruzeiro encontrava-se em um “estado terminal”. 

Ele revelou que o clube foi oferecido a vários empresários, mas todos se recusaram a investir na agremiação mineira. Essa rejeição por parte de investidores evidencia a gravidade da situação financeira do clube e os desafios enfrentados para sua recuperação.

“Ninguém queria o Cruzeiro, tinha uma dívida de R$ 1 bilhão, e o Cruzeiro estava num estado terminal assim, de último ano… os últimos seis meses de vida. Ninguém quis o Cruzeiro. Pessoal da XP (investimentos) ofereceu para o mundo todo, grandes empresários e ninguém queria o Cruzeiro, porque era uma dívida muito grande e muita coisa que estava para acontecer”, finalizou.