Ronaldo é notificado e Cruzeiro pode perder mais de R$2 milhões na justiça
O Cruzeiro foi notificado na Justiça. Isso, ao certo, não é mais novidade. O clube celeste vem enfrentando numerosos processos judiciais, em especial, com dívidas trabalhistas. No entanto, dessa vez, a ação foi movida por herdeiros do ex-supervisor do Cruzeiro Benecy Queiroz, que, infelizmente, faleceu em 24 de janeiro de 2022.
Viúva e os três filhos de Queiroz acionaram o clube mineiro e a SAF de Ronaldo na Justiça do Trabalho. Foi dado à causa o valor de R$2.989.609, sendo que R$1,05 milhão são de cobranças por hora extra.
A ação narra que Benecy Queiroz dedicou-se por toda vida ao clube e que foi um “abnegado colaborador da área esportiva, nacionalmente conhecido, que simplesmente dedicou praticamente toda sua vida ao Cruzeiro, tendo prestado serviços regularmente”.
Ao todo, Benecy teve três passagens pelo Cruzeiro, mas, sem dúvida, a mais duradoura foi a última, de 05 de julho de 1990 até o ano do seu falecimento. A ação foi distribuída à 34ª Vara do Trabalho.
Entenda a causa e as implicações ao Cruzeiro
Fato é que a vida de Benecy Queiroz esteve vinculada ao Cruzeiro. Só nesta última passagem pelo clube, o profissional ficou por 32 anos. Para justificar a cobrança das horas extras, a defesa afirmou que ele trabalhava de “segunda a domingo na jornada compreendida entre 07h às 20h, sem usufruto regular do intervalo intrajornada”.
Além disso, a defesa afirmou que, até março de 2020, nos dias de jogos do clube, que, por conta do calendário, ocorriam fora do horário informado, Benecy extrapolava a jornada indicada em três horas.
Por fim, a família de Benecy alega que, após o falecimento, o Cruzeiro não teria acertado as verbas rescisórias. De acordo com a petição, o último salário do profissional no clube era de R$26 mil mensais, mas que teria tido reduções em seus vencimentos ao longo do tempo, o que, de acordo com a defesa, é inconstitucional.
Durante os quase 50 anos que esteve no Cruzeiro, Benecy ocupou diversos cargos, tendo exercido por último o de administrador da Toca da Raposa II, centro de treinamento do profissional.