Reviravolta acontece e Cruzeiro pode ser dono do Mineirão em 2023

Desde que se tornou sócio majoritário do Cruzeiro, ao adquirir 90% das ações da SAF do clube estrelado, Ronaldo traçou alguns objetivos para a equipe. O primeiro deles é devolver a Raposa para a Série A do Brasileirão. Pode-se dizer que a meta está prestes a ser alcançada.

Além disso, o gestor, por óbvio, trabalha nos bastidores do clube, junto à sua equipe, para equacionar as dívidas celestes e voltar a gerar receita com o Cruzeiro. Fato é que esta é uma tarefa mais árdua e demorada, porém, alguns catalisadores podem acelerar o processo.

Uma das propostas seria angariar melhores condições para o clube estrelado mandar seus jogos no Mineirão. Atualmente, o Cruzeiro tem um contrato assinado com a Minas Arena, empresa que administra o estádio, que prometeu alguns benefícios à Raposa para 2023. 

Contudo, uma reviravolta aconteceu e a trama pode ganhar novos capítulos em breve. Isso porque o governo de Minas Gerais, dono do Gigante da Pampulha, estuda romper o contrato de concessão com a empresa. A informação foi revelada pelo Secretário de Infraestrutura e Mobilidade do estado, Fernando Marcato, em entrevista ao Superesportes.

A situação do Cruzeiro em uma eventual ruptura de contrato

Um eventual rompimento unilateral do contrato pelo estado está previsto em lei, mas exige que o governo pague uma indenização à empresa à vista. De acordo com Marcato, o valor estimado é de R$400 milhões. O gestor afirmou ainda que a nova concessão será de 50 anos.

“Podemos fazer uma nova licitação para conceder o Mineirão, por exemplo, por mais 50 anos. Nesse caso, o estado teria que pagar uma indenização para a Minas Arena pelo que ela já investiu. A Minas Arena não teria nem como se opor, ela poderia discutir o valor apenas. Mas o estado tem o direito de fazer isso, desde que pague antecipado”, disse.

Desde 2013, o estado pagou à Minas Arena cerca de R$1 bilhão pelos investimentos na reconstrução e administração do estádio. Até o final do contrato, que tem duração de 27 anos, há previsto ainda mais de R$800 milhões em repasses estaduais. 

Fato é que, com o fim do contrato, o Cruzeiro, na gestão de Ronaldo, poderia se tornar candidato a assumir o Mineirão em novo processo licitatório. Contudo, não é uma tarefa simples. O gestor teria que reunir investidores para criar um novo consórcio capaz de atender às exigências do estado, como o valor de outorga de R$400 milhões. 

“Penso em fazer isso para o ano que vem. Fazer um chamamento, não apenas para o Cruzeiro, mas quem quer que seja, fazer uma estruturação de um projeto de quem tem interesse em assumir o Mineirão sem que o estado precise pôr dinheiro e ainda pagar uma outorga. Essa outorga eu pegaria e passaria para a Minas Arena, para indenizá-la”, disse Marcato.

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