Reunião sobre futuro financeiro do Cruzeiro é suspensa por indício de fraude

O Cruzeiro iria realizar no próximo dia 07 de dezembro a sua primeira assembleia de credores da associação para votar e aprovar o plano de recuperação judicial do clube. No entanto, o Ministério Público de Minas Gerais apresentou, nesta terça-feira (29), um pedido liminar de suspensão do encontro.

De acordo com o documento do MP, há inserido no processo de recuperação judicial da equipe mineira nomes que já teriam recebido a totalidade de suas pendências. O órgão foi provocado por uma notícia crime apresentada por nomes que foram ligados ao clube.

O que pode acontecer com o Cruzeiro?

“A notícia crime relata que a empresa em Recuperação Judicial teria inserido, na sua listagem de credores, créditos inexistentes consubstanciados por credores que já receberam a totalidade do seu crédito (judicial ou extrajudicialmente), na tentativa de fraudar a votação do plano de recuperação judicial”, escreveu o MP. 

Vale destacar que a notícia crime foi apresentada por diversos credores, dentre os quais vale destacar os ex-dirigentes Valdir Barbosa e Flávio Pena Medeiros, o técnico Enderson Moreira e os ex-jogadores Maurinho e Soares.

Fato é que o MP, em seu pedido de liminar, orienta que a suspensão da assembleia seja feita de forma imediata, uma vez que a primeira reunião está marcada para o dia 07 de dezembro. O Cruzeiro ainda não se manifestou sobre o parecer do órgão ministerial.

Vale lembrar que, para entrar no regime de recuperação judicial, o plano do Cruzeiro tem de ser aprovado pelos próprios credores. Caso contrário, os reclamantes devem apresentar um novo projeto factível para que o clube estrelado possa equacionar suas dívidas. 

O advogado do Cruzeiro, Marcos Lincoln, em entrevista ao portal Deus me Dibre, nesta segunda-feira (28), explicou os próximos passos do clube. Ele destacou que, caso o plano não seja aprovado, a equipe decreta falência, mas não há muito risco.

“Numa recuperação judicial, o que a empresa faz é apresentar um plano de solução da sua dívida para os credores. E no final das contas haverá uma votação desse plano. Se aprovado, vale para todo mundo, até pra quem não concorda. Se não é, a empresa vai à falência. Isso é recuperação judicial”, explicou.

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