Processo segue em segredo de justiça
Na manhã de hoje, o Setorista do Cruzeiro, Samuel Venâncio, postou um vídeo em sua conta oficial, respondendo algumas perguntas dos torcedores cruzeirenses. Entre elas, estava um questionamento a respeito do andamento do processo contra Wagner Pires de Sá, Itair Machado de Souza e Sérgio Nonato. Para quem não se recorda, em 2019, o programa Fantástico, da Rede Globo, fez uma reportagem sobre denúncias que indicavam quebra de regras da Fifa, da CBF e do governo federal.
Como o processo corre em segredo de justiça, Venâncio respondeu o que se sabe até o momento e que, neste caso, o acesso às informações fica mais difícil.
“São mais de três anos desde aquela matéria do Fantástico, depois começou a investigação. Tem uma primeira parte, que está na vara criminal, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ainda sem sentença. O Ministério Público de Minas fez aquela primeira parte. E uma segunda parte da investigação começou na Polícia Civil e sem mais detalhes também. Claro que o torcedor e todo mundo espera uma situação, porque todos foram indiciados; formação de quadrilha e tudo mais. Mas realmente até agora nada de concreto. O processo está em segredo de justiça, então por isso é mais difícil ter acesso a qualquer informação”, disse o setorista.
Relembre o caso
Em 2019, foi ao ar uma reportagem do Fantástico a respeito de denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As pessoas investigadas apresentavam, de alguma forma, relações com o Cruzeiro na época, entre elas estavam funcionários e ex-funcionários, dirigentes e prestadores de serviços que realizavam transações com o clube.
Um dos casos mais graves nas denúncias foi a de um empréstimo que o clube havia feito e que, ao alegar que não teria condições de quitar a dívida, fez um acordo entregando percentuais sobre os direitos econômicos de dez jogadores do elenco profissional e das categorias de base. Tal prática foi proibida pela Fifa em 2015. Apenas clubes e os próprios atletas podem, desde então, ter partes de direitos econômicos.