Por que vale a pena o Cruzeiro manter Lucas Oliveira?
Pode-se dizer, sem medo de errar, que Lucas Oliveira é um dos grandes destaques do Cruzeiro nesta temporada. O defensor chegou à Toca da Raposa em fevereiro, sem grandes alardes ou expectativas. No entanto, o zagueiro, de 26 anos, precisou de pouco tempo para ganhar espaço e se tornar um titular absoluto no time de Pezzolano.
Com atuações consistentes e poucos erros, Lucas Oliveira passou a ser a peça central de um trio de zaga montado pelo comandante uruguaio. Ao todo, o defensor atuou 34 jogos pelo Cruzeiro, sendo o jogador de linha que mais vezes entrou em campo na temporada.
Seis meses após sua chegada, o zagueiro ganhou a confiança da torcida, do treinador e da diretoria estrelada. Tanto assim que, diante da possibilidade de perdê-lo para o futebol dos Estados Unidos, o Cruzeiro decidiu comprá-lo em definitivo.
Emprestado pelo Atlético-GO ao Cruzeiro até o final da temporada, o defensor teria recebido, de acordo com o presidente do Dragão, Adson Batista, sondagens do futebol estrangeiro. Mas, para manter uma boa relação com a SAF da Raposa, na figura de Ronaldo, o dirigente decidiu negociar Lucas Oliveira com o clube mineiro.
O Cruzeiro fez um bom negócio com Lucas Oliveira?
Pode-se supor que Lucas Oliveira já fazia parte dos planos da diretoria do Cruzeiro, que teve apenas que antecipar a contratação em definitivo do atleta. No contrato de empréstimo assinado junto ao Atlético-Go, havia uma cláusula de compra do passe do jogador.
Cruzeiro e Atlético-GO conversam, desde o início desta semana, sobre a negociação de 70% de Oliveira. Apesar do interesse estrangeiro e de uma melhor oferta na questão econômica, o defensor ficará em Minas Gerais. O anúncio oficial deve ser feito nos próximos dias.
O início da carreira de Lucas Oliveira
Nascido no Rio de Janeiro, Lucas Oliveira iniciou a carreira no Tigres do Brasil. Em 2017, o defensor ganhou oportunidades na equipe principal, após ter sido notado pelo ex-jogador do Vasco e atual comentarista da Globo Pedrinho, que, à época, era auxiliar técnico do time.
“No juniores tinha um moleque chamado Oliveira. Ele era um zagueiro todo desengonçado e grandão. Deram a bola nele e ele cortou o atacante, aí eu já gostei”, iniciou a lembrança em conversa com o gE.
“Depois disso, eu cheguei para o Felipe (ex-meia e atual treinador) e falei: ‘Tem um moleque ali que joga bem, tem personalidade, dá esporro em todo mundo, mesmo com pressão ele arrisca o passe bem feito’. Aí o Felipe pediu para subir ele para o profissional… E eu fiquei muito feliz de ver ele fazendo sucesso agora no Cruzeiro”, completou.