Paulo Pezzolano: STJD bate o martelo e técnico do Cruzeiro não recebe punição

Paulo Pezzolano foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva e, com isso, vai comandar o Cruzeiro na partida decisiva contra o Vasco, na noite desta quarta-feira (21), às 21h, no Mineirão. Uma vitória no clássico interestadual, dará o acesso matemático à Raposa. 

Fato é que o STJD analisou, nesta terça, a expulsão de Pezzolano no empate por 2 a 2 com o Grêmio, no dia 21 de agosto, pela 25ª rodada da Série B do Brasileirão. Por unanimidade, a corte entendeu que o técnico já cumpriu sua punição. Ele ficou fora da partida com o Náutico.

O STJD julgou Pezzolano com base no Artigo 258, Inciso II, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que cita “conduta contrária à disciplina ou à ética”. A defesa do Cruzeiro, mais uma vez, foi feita pelo advogado Michel Asseff, que alegou, grosso modo, falta de provas.

Veja o que disse a defesa do Cruzeiro

Inicialmente, Michel Asseff fez uma longa exposição para afirmar que na súmula do jogo, o juiz Bráulio da Silva Machado não especificou o que foi dito por Pezzolano, apenas que o treinador levou o segundo amarelo por “reclamações acintosas”.

“Ele (árbitro) julga o que é acintoso, mas não demonstra na súmula, quem tem que entender se é acintoso ou não são os senhores. Ele não explicou o motivo do primeiro cartão amarelo, ele (árbitro) precisa dizer o que aconteceu, aqui está escrito gestos ou verbos, não dá para saber o que aconteceu. Não há prova além da súmula da partida”, disse Asseff. 

Já no segundo cartão amarelo, Pezzolano foi punido após esbravejar aos quatro ventos, mas, de acordo com o treinador, naquele momento, ele se referia a Luvannor, seu atacante, que estava estirado em campo, e não ao árbitro da partida. O advogado do Cruzeiro foi além e afirmou que, ainda que fosse em reclamação à arbitragem, não caberia uma expulsão.

“O fato foi o que vocês viram, o árbitro está alegando que o soco foi contra a arbitragem, ele olhou para o lado e deu socos no ar. O que Pezzolano fez não é nada demais. Volto aos tempos de Jorge Jesus, que à época do Flamengo, não parava de fazer isso, dava socos no ar, muito pior do que o Pezzolano fez. Expulsar o técnico pelo que ele fez é demais”, afirmou.

A 2ª Comissão Disciplinar do STJD aceitou os argumentos de Asseff e, com isso, Pezzolano estará presente em campo para o duelo contra o Vasco. Os times se enfrentam pela 31ª rodada da Série B. Uma vitória levará o Cruzeiro de volta à elite do futebol nacional.

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