Novo problema é exposto e Cruzeiro pode perder dinheiro para o Mineirão
A trama conflituosa entre Cruzeiro e Mineirão segue dando o que falar. Após não chegar a um acordo com a Minas Arena, administradora do estádio, o clube celeste decidiu romper as relações com a empresa. Fato esse que moveu as estruturas do governo do estado.
Isso porque, como se sabe, o Atlético-MG deixará de usar o Mineirão no meio do ano, uma vez que o clube espera inaugurar a Arena MRV. Com isso, o Cruzeiro seria o único time a mandar jogos no Gigante da Pampulha. Em outras palavras, sem a Raposa não há receita.
Uma solução aventada pelo governo de Minas Gerais para colocar panos quentes na briga entre Cruzeiro e Minas Arena seria a cessão das 66 datas anuais disponíveis ao estado. Há uma cláusula em contrato que concede o Gigante da Pampulha ao poder público. Porém, o acordo estipula uma limitação em eventuais receitas geradas.
O Cruzeiro pode ser prejudicado?
O fato é que, de acordo com o contrato firmado entre a Minas Arena e o governo do estado, o Cruzeiro, em uma eventual negociação direta com o Poder Executivo, só terá direito, da receita total, o que houver de comercialização dos 54.201 ingressos, localizados nos anéis inferior e superior, e da receita em placas de publicidade e estacionamento.
Por outro lado, as demais receitas ficarão integralmente com a Minas Arena. Desta forma, ainda que chegue a um acordo com o governo, o Cruzeiro não terá direito de controlar todas as formas possíveis de arrecadar com as partidas.
O diretor de operações do Cruzeiro, Enrico Ambrogini, em resposta enviada à Globo, disse que o tema ainda não entrou em pauta com o governo. O gestor destacou apenas a criação de um comitê para solucionar a situação do clube com a Minas Arena.
“O governo fez a sinalização daquele comitê que tinha comentado. É para iniciar as tratativas. Não teve nenhuma evolução contratual nesse lado. Pela minha opinião, por esse tempo de relacionamento no futebol, com o governo, as decisões não são simples, envolvendo contas públicas. Foram indicados ao comitê e vão resolver agora”, ponderou.
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