Jornalista ignora SAF do Cruzeiro e exalta potencial do rival Atlético-MG
O sucesso do Cruzeiro nesta temporada perpassa, inevitavelmente, pela chegada de Ronaldo à frente da Sociedade Anônima de Futebol do clube. Com menos de um ano de gestão, a equipe do Fenômeno conseguiu montar um elenco competitivo que, diga-se, navegou soberano nesta Série B do Brasileirão, tendo conquistado o acesso ainda na 31ª rodada.
Aliás, vale destacar que este foi um recorde em toda a história da competição nacional. Desde que foi adotado o modelo de pontos corridos, ou seja, em 2006, nunca antes um clube havia conquistado o acesso com tamanha antecedência. Além disso, o título está logo ali.
Com 68 pontos, o Cruzeiro abriu, por ora, 15 pontos de vantagem em relação ao Grêmio, que assumiu a vice-liderança. A distância, porém, pode ser reduzida para 14 pontos caso o Bahia vença o Operário neste sábado (24), na Fonte Nova, em Salvador.
Contudo, o caminho do Cruzeiro até o protagonismo no futebol brasileiro que lhe cabe será longo, afinal, o modelo de gestão de Ronaldo não é aquele em que um empresário deposita cifras milionárias no clube para grandes contratações e solucionar de uma hora para outra os problemas financeiros. Sabe-se que a Raposa está afogada em dívidas.
De acordo com o jornalista Jorge Nicola, há, no Brasil, um único time capaz de se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol e virar uma grande potência nacional: o Atlético-MG. Vale destacar que Palmeiras e Flamengo, os dois melhores clubes do país, não pensam na SAF.
O que disse Jorge Nicola sobre o Cruzeiro e Atlético?
Em texto publicado na sua coluna, Nicola afirma que Cruzeiro, Botafogo, Vasco e, mais recente, o Bahia podem, em um futuro longínquo, se tornarem potências nacionais, mas isso levará “alguns bons anos”. A diferença, para o profissional, está no elenco do Galo.
O jornalista propõe um exercício lúdico. “Então imagine se a Fenway Sports Group, um dos quatro grupos de investimento que negociam com o Galo, comprar a SAF atleticana”. Bom, se isso acontecer, certamente o Atlético terá um aporte financeiro incomparável.
“Com a lembrança de que a moeda da Fenway Sports ou de qualquer outro parceiro gringo vale cinco vezes mais no Brasil. Na última janela de transferências, por exemplo, a dona do Liverpool desembolsou R$440 milhões com apenas dois reforços”, escreveu.
Por fim, o profissional ressalta que o elenco do Atlético-MG, apesar da temporada triste, é hoje um dos três melhores do Brasil. Com isso, o trabalho não teria que “começar do zero”. Vale destacar, entretanto, que o balanço orçamentário do Galo é catastrófico. A nova gestão teria que equacionar as dívidas, o que seria facilitado, é claro, com títulos.