Já dormiu em quarto de churrascaria e agora deu uma casa para a família
O atacante do Cruzeiro, Bruno Rodrigues, de 25 anos, concedeu entrevista à Globo onde falou sobre sua trajetória até chegar ao time da Raposa. Comentou sobre o sonho que tinha desde criança em ser jogador de futebol e o abandono dos estudos para focar no esporte. A entrevista foi divulgada hoje, no site do ge.
Na reportagem ele falou sobre a opção de abrir mão dos estudos para focar no futebol e das vezes que a mãe foi chamada ao colégio porque Bruno não queria estudar e só ficava na quadra de futebol.
“Eu era visto como muitos são vistos no interior: um menino que não quer nada com a vida, que não vai conseguir correr atrás dos sonhos. (…) Eu tinha o foco na minha cabeça em ser jogador de futebol, não quis estudar, era um aluno muito rebelde. Minha mãe foi ao colégio várias vezes por reclamações contra mim, porque eu não ia para a sala de aula, ia só para a quadra de futebol”, disse na entrevista à Globo.
Piores momentos na carreira profissional e mudança de vida
O jogador do Cruzeiro contou sobre os percalços que já vivenciou desde que começou sua carreira profissional no esporte. Dentre eles, a vez que esteve de empréstimo para o DOXA do Chipre, local onde o atacante não sabia o idioma e não tinha boas condições de moradia junto da esposa.
“Dificuldade lá foi enorme, principalmente com o idioma, que era o grego. Eu e minha esposa morávamos em um apartamento muito pequeno, ficamos cinco dias sem energia nesse apartamento. O supermercado era muito longe, a gente ia todo dia fazer feira, voltava com garrafão de água nas costas. Ela sabe como foi difícil, a gente chegava ao restaurante e não conseguia pedir nada”, disse.
Ele ressalta que, aquele momento, foi o pior já vivenciado em sua carreira e citou a má alimentação que recebia e o quanto isso é prejudicial para um atleta de nível profissional.
“Ali foi minha pior experiência, porque também não joguei. Eu jantava refrigerante com macarrão, isso não existe como atleta de futebol. Não pode alimentar dessa forma”, completou.
Ao final da entrevista, Rodrigues comentou sobre a melhoria nas condições financeiras após a chega ao Cruzeiro e a possibilidade da compra de uma casa para a mãe.
“É um sonho realizado. (…) Dar uma casa para minha família, pela forma que eu era visto no meu interior, foi uma coisa que eu busquei e que hoje estou conseguindo. Um sonho meu e da minha família, dos meus empresários e das pessoas que sempre estão perto de mim. Sou um cara realizado de tirar eles do interior e colocar em uma cidade pequena. Gravatá eu não vou esquecer nunca, porque sei de onde eu saí e aonde quero chegar”, disse.