Galo se sente superior e quer SAF diferente do Cruzeiro de Ronaldo Fenômeno

Desde que se tornou sócio majoritário do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno tem trabalhado para devolver o clube ao lugar de protagonista do futebol nacional. O primeiro passo foi dado com maestria, após o título da Série B do Brasileirão e, por lógica, o acesso. 

Além disso, deve-se destacar que a situação financeira da Raposa não será resolvida da noite para o dia, afinal de contas, trata-se de uma dívida bilionária. Porém, nestes casos, a direção importa mais do que a velocidade. O Cruzeiro está no caminho certo.

O Atlético-MG, por sua vez, em um cenário de dívida bruta que superou R$1,4 bilhão ao fim do ano passado, entrou de cabeça no processo de se transformar em clube-empresa. Vale lembrar que a lei da SAF dá algumas vantagens para pagar passivos. 

Sucesso da SAF do Cruzeiro enche os olhos do Galo

O Conselho do Galo se reuniu durante esta semana para discutir a situação da SAF. Após o encontro, Rafael Menin, ex-vice-presidente do órgão, comentou sobre o momento do clube. De acordo com o gestor, não se pode remar contra a correnteza. 

“Para debelar a dívida e aumentar a capacidade de investimento do clube, é fundamental darmos este passo corajoso. O movimento da SAF na Europa começou há 20 anos. Essa onda está chegando agora no Brasil. Remar contra a correnteza carregando colete de chumbo é complicado”, disse. 

De fato, com uma temporada de eliminações, o Atlético-MG pagará cerca de R$100 milhões de juros e correção monetária em 2022. Isto é, uma dívida onerosa. Justamente por isso, o Galo tenta acelerar o processo da venda das ações do clube. 

Rafael Menin acredita que o Conselho não deve impor maiores dificuldades. “O conselheiro que quiser judicializar e protelar uma SAF, ele vai colocar a mão na consciência e não vai ser por uma vontade pessoal que ele irá prejudicar o projeto do Galo”, finalizou.

O jornalista Lucas Tanaka, no entanto, revelou uma conversa que teve nos bastidores do Galo com uma fonte anônima. Ao ser questionada se a venda poderia acontecer apenas em fevereiro de 2023, essa pessoa respondeu que o Atlético ainda tem ‘fôlego’.

“Sim. Ainda temos fôlego. Tempo para fazer um melhor negócio. Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Bahia não tinham opção. Correram para o negócio de qualquer forma”, disse.

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