Cruzeiro tem pés no chão e não quer seguir exemplos desastrosos do futebol
A manhã deste feriado de quarta-feira (2) começou com trabalhos na Toca da Raposa. O diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, concedeu entrevista coletiva para a imprensa e, dentre vários assuntos, abordou a questão financeira do clube. Ele criticou a maneira como os clubes brasileiros gastam dinheiro nas contratações.
“Existe uma divisão que se deve sim à questão orçamentária. No Brasil, infelizmente, ainda não existe um fair play financeiro. Fica uma competição de quem tem o dono mais rico, de quem vai gastar mais. E não é isso que a gente quer fazer”, criticou Pedro Martins.
Ao ser questionado sobre o orçamento da Raposa para 2023, ele afirmou que já existe um planejamento, mas reforçou que a gestão está tentando novas fontes de receita. Como já disse Ronaldo algumas vezes, o sucesso esportivo no Cruzeiro foi atingido, entretanto, ainda é preciso muito trabalho para a reestruturação financeira.
“A gente já tem uma previsão orçamentária (para 2023). Óbvio que o clube está trabalhando para conseguir novas fontes de receita. Trabalhando muito para que o futebol consiga investir cada vez mais. Não só em folha salarial, mas também em condições de trabalho. Temos que trazer jogadores que consigam aumentar nosso nível de exigência e também dar condições de trabalho para que sigam prosseguindo”, destacou.
Pés no chão
Se tem uma coisa que a SAF Cruzeiro tem um posicionamento muito forte é a ideia de ‘pés no chão’. A gestão Ronaldo sempre enfatizou isso em todas as entrevistas possíveis. Por conta de maus exemplos de gestores passados, que gastavam mais do que tinham e prejudicaram grandemente a saúde financeira do clube, a atual administração reconhece que é preciso gastar apenas o que tem.
“Internamente, nosso nível de exigência é muito alto. Todo mundo pensa grande. Mas não dá para a gente prometer a constituição de uma equipe que vá gastar mais do que tem. Já vimos isso no clube. E vimos no que deu. Somos ambiciosos, mas respeitando a limitação pela questão financeira”, completou.
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