Cruzeiro lamenta a morte de Roberto Dinamite

Neste domingo (8), morreu Roberto Dinamite, aos 68 anos. Ídolo do futebol e lenda do Vasco, ele faleceu às 10h50, lutando contra um tumor no intestino desde o fim de 2021. O Cruzeiro, pelas redes sociais, lamentou a morte do ex-jogador. O Cruzmaltino ofereceu o estádio São Januário para o velório.

“Hoje, infelizmente, nos despedimos de mais um gigante do futebol brasileiro. Descanse em Paz, Roberto Dinamite. Nossos sentimentos aos fãs, familiares e amigos. Obrigado pelo legado que você deixou no futebol”, escreveu o Cruzeiro nas redes sociais.

No clube carioca, Dinamite jogou por mais de 20 anos entre 1971 e 1992. Ele marcou 708 gols pelo Vasco. Nenhum outro jogador do time conseguiu, até hoje, igualar ou ultrapassar a marca do ídolo. 

Velório em São Januário

O Vasco conversa com a família do jogador para viabilizar um velório aberto ao público. A ideia é que isso aconteça na segunda-feira, em São Januário. O local, inclusive, eternizou a presença do atleta com uma estátua inaugurada no dia 28 de abril de 2022, atrás do gol, virada para a torcida e na direção das cabines de rádio e TV.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Vasco

O Vasco da Gama comunica com inestimável pesar o falecimento do maior ídolo da história do clube, Carlos Roberto de Oliveira, o Dinamite, aos 68 anos em decorrência a um câncer no intestino.

Natural da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Roberto Dinamite demonstrou intimidade com a bola logo na infância e chegou ao Vasco da Gama, ainda nas categorias de base, no ano de 1969. Três anos depois, o então “Calu” (como era conhecido desde as partidas que disputava ainda no seu bairro de nascença) chegou aos profissionais do Gigante. No dia 14 de novembro de 1971, em um confronto contra o Bahia pelo Campeonato Brasileiro, o jovem de dezessete anos fez, pela primeira vez, aquilo que vira a repetir em outras 1109 oportunidades.

Não demorou muito para que a torcida vascaína o visse explodir. No dia 25 de novembro, contra o Internacional, no Maracanã, Roberto venceu adversários com facilidade e marcou o seu primeiro gol como profissional pelo clube. Uma verdadeira explosão, como destacou o Jornal dos Sports, e que se repetiu por outras 707 vezes. Roberto então virou um símbolo de Vasco da Gama. Gerações foram criadas considerando uma verdadeira simbiose entre os dois.

O Roberto era Vasco. O Vasco era Roberto. Em 1974, Dinamite foi o verdadeiro ponto de arranque rumo ao primeiro título de Campeonato Brasileiro do Clube, sendo o artilheiro da competição com 16 gols marcados. Nos anos seguintes, a consagração com artilharias nacionais e estaduais. Além das convocações para as Copas do Mundo de 1978 e 1982. Na primeira oportunidade, Roberto foi o artilheiro da Seleção Brasileira no mundial.

No início da década de 80, Roberto Dinamite deixou o Vasco da Gama rumo ao Barcelona (ESP). Mas a separação durou apenas três meses e logo o artilheiro estava de volta à Colina. E não demorou muito para que ele voltasse a explodir em festa a torcida. Em um jogo contra o Corinthians, no Maracanã, Dinamite marcou cinco gols na vitória cruzmaltina por 5 a 2.

Foram mais 12 anos de Vasco da Gama, sendo nove ininterruptos, somatizando títulos; artilharia; e cultivando um amor e uma gratidão gigantesca. Até a sua aposentadoria e despedida dos gramados, em 1992.

Em 2008, Roberto Dinamite foi eleito Presidente do Vasco da Gama e reeleito em 2011. Ao longo deste período, o Clube conquistou a Copa do Brasil e a Série B do Campeonato Brasileiro.

MARCAS DA CARREIRA:

– 1.110 jogos pelo Vasco da Gama (jogador que mais vestiu a camisa do Clube)

– 708 gols pelo Vasco da Gama (maior artilheiro da história do Clube)

– Maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro (190 gols)

– Maior artilheiro da história do Campeonato Estadual do RJ (279 gols)

– Maior artilheiro da história de São Januário (184 gols)

– Maior artilheiro da história dos confrontos do Vasco com seus principais rivais:

– Vasco x Flamengo (27 gols x 19 gols de Zico)

– Vasco x Fluminense (36 gols x 12 gols de Waldo)

– Vasco x Botafogo (25 gols x 17 gols de Quarentinha)

– Autor do gol mais bonito da história do Maracanã (1976)

O Maior de Todos será eterno. O seu legado é eterno. A influência em gerações que acompanham o futebol há décadas e chegou a batizar nomes de torcedores é infinita.

Obrigado por tudo, Roberto. Nós te amamos. Para sempre.

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