Credores do Cruzeiro temem calote e Ronaldo vê a situação complicar

Nesta quarta-feira, 21 de junho, o Cruzeiro enfrenta um importante momento em seu processo de recuperação judicial com a realização da Assembleia de Credores. No entanto, há incertezas no ar devido a uma cláusula incluída no plano que tem gerado preocupações entre os envolvidos. 

O clube busca proteger a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) de possíveis obrigações e ações na Justiça, além de impedir a execução de sentenças. Um grupo de credores levanta questionamentos sobre essa cláusula, alegando que ela pode abrir espaço para possíveis calotes, especialmente para aqueles que possuem quantias significativas a receber. 

Cruzeiro tenta blindar SAF de Ronaldo

Isso ocorre porque os tribunais têm decidido pela responsabilidade solidária da SAF em casos semelhantes. De acordo com o plano, uma vez que seja homologado judicialmente, fica estabelecido que os credores não poderão dar continuidade a qualquer ação judicial.

Além disso, será proibido “executar qualquer sentença, decisão judicial, sentença arbitral ou decisão proferida por órgão jurisdicional desportivo referente aos Créditos Concursais”. 

O documento menciona explicitamente a SAF Cruzeiro, no entanto, os credores argumentam que não há qualquer comprometimento por parte da SAF em auxiliar no pagamento das dívidas da instituição. 

A tendência é que os principais credores votem contra o plano, uma vez que há receios em relação às garantias oferecidas. Porém, existe a preocupação de que os credores com quantias menores a receber possam aprovar o plano, uma vez que teriam seus montantes abatidos em um curto período de tempo. 

A assembleia se mostra crucial para o futuro do Cruzeiro e para a definição do caminho a ser seguido no processo de recuperação judicial. A decisão dos credores terá impactos significativos na trajetória do clube e na busca por soluções para suas dívidas.

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