Craque do Cruzeiro revela ter sofrido racismo e choca torcida do clube

Recém contratado junto ao Vissel Kobe, clube japonês, o atacante Lincoln virou pauta nesta semana por um motivo, infelizmente, extracampo. A assessoria do jogador publicou uma nota, a qual o jovem de 21 sofreu racismo.

Segundo a C2 Sports, o caso teria ocorrido no Espírito Santo, enquanto fazia uma festa com os amigos e familiares, logo após sua negociação de saída do Flamengo, em dezembro de 2021.

A festa passou 12 minutos do horário permitido, que seria às 22h, e o Síndico Sizenando José Coutinho Braga chamou a polícia para conter a comemoração, além de promover diversas ofensas racistas aos convidados da comemoração.

Os xingamentos acabaram causando um tumulto entre todos, inclusive moradores. Porém, segundo a publicação, o Jornal Tempo Novo acusa o atacante de ter xingado um morador. Entretanto, não citam as ofensas racistas vindas do síndico, tais como “pretos”,  “favelados” e que “deviam estar no chiqueiro por não se comportarem”. 

A família do atleta realizou um B.O contra o síndico por injúria racial, ameaça e injúria. 

O Jornal fez questão de citar os nomes completos dos familiares de Lincoln, além de fazer questão de mostrar que o jogador nasceu em um bairro muito humilde do Espírito Santo, e que por isso, não teria um comportamento considerado ideal para morar em um condomínio de luxo. 

Por fim, o veículo em nenhum momento procurou a assessoria do atleta, em busca de um outro lado da história, além de apurar mais informações sobre o ocorrido. Um B.O contra o jornal também foi realizado, por promover calúnia, difamação e inverdades.

Confira a nota completa:

“A C2 Sports vem a público repudiar veementemente a matéria do Jornal Tempo

Novo, do Espírito Santo, que promove inverdades e fake news direcionadas ao atleta Lincoln e a seus familiares. Após o anúncio da venda para o Vissel Kobe, do Japão, em dezembro de 2021, o jogador promoveu uma festa para comemorar com seus familiares no bairro/condomínio Boulevard Lagoa, no Espírito Santo.

O advogado da família Luciano Gabeira Brandão explica:

A festa ultrapassou 12 minutos do horário das 22 horas no dia 27 de dezembro. E, por conta disso, o síndico Sizenando José Coutinho Braga chamou a polícia e promoveu uma série de ataques racistas e preconceituosos aos familiares de Lincoln. Esses xingamentos do diretor do condomínio foram o que inflamou e ocasionou um bate-boca entre os familiares, alguns moradores e o próprio síndico.

O Jornal cita que “Lincoln é acusado de ameaçar um dos moradores”, mas não cita que o síndico chamou a polícia e promoveu uma série de palavras racistas contra Lincoln e seus familiares, dizendo que são “pretos”, “favelados” e que deviam estar no “chiqueiro por não saberem se comportar”.

Da mesma maneira, a família de Lincoln confeccionou B.O contra o síndico por iniúria racial, ameaça, difamação e injúria. O Jornal em nenhum momento citou que existe um B.O em andamento de Lincoln e seus familiares pelo crime de racismo, que é considerado gravíssimo na Constituição Brasileira. E pela Lei de Racismo, torna o crime inafiançável e imprescritível.

O Portal também no início da matéria e sem motivo cita que Lincoln é natural de Feu Rosa, um bairro considerado humilde do Espírito Santo, dando a entender que quem nasce no bairro, não tem o comportamento ideal para morar em um condomínio de luxo.

O Portal se preocupa em citar os nomes completos de Lincoln, do pai e da mãe, mas dos demais envolvidos não fez questão nenhuma. Qual seria o critério para esta decisão? Fazer o papel da Justiça?

O Jornal ainda direciona a palavra “acusado” a Lincoln sem ao menos apurar devidamente, o que é um preceito básico do jornalismo.

Trata-se de um termo circunstanciado e não de um processo judicial criminal ao contrário do que o jornal quer fazer crer. Irresponsavelmente também, o Jornal Tempo Novo em nenhum momento procurou a assessoria do atleta para a devida posição sobre o ocorrido.

Lincoln e seus familiares não foram investigados, ouvidos ou considerados culpados, pois se trata de um Termo

Circunstanciado de Ocorrência. E além disso, nesta terça-feira (13/09), o promotor do caso fez uma proposta de acordo com os familiares para encerrar o procedimento antes de oferecer a denúncia. Lincoln e seus familiares concordaram em pagar dois salários mínimos cada para arquivar o caso. Curiosamente, o fato também é citado de maneira indevida com o intuito de promover sensacionalismo.

O boletim de ocorrência por injúria racial segue em trâmite e o síndico será investigado em inquérito policial. Além deste processo, Lincoln e seus familiares também vão registrar um B.O contra o Jornal Tempo Novo por promover inverdades, calúnia e difamação”.

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