Como devem funcionar as cotas de TV na possível nova Liga do Brasil
Após um período de férias em Ibiza, na Espanha, Ronaldo retomou sua agenda profissional no início desta semana. Dono de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, o gestor afirmou que virá ao Brasil nos primeiros dias de setembro.
Além de acompanhar uma partida do Cruzeiro no Mineirão, provavelmente contra o Operário, Ronaldo, certamente, irá se debruçar em um tema que ganhou destaque no país: a criação de uma Liga no Brasil. O empresário, em entrevista recente ao gE, expôs o que pensa sobre o assunto.
Ao certo, Ronaldo tem sido um dos grandes entusiastas para a reformulação dos torneios futebolísticos no país. Atualmente, as competições mais expressivas, como o Brasileirão e a Copa do Brasil, são organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Pode-se dizer que a discussão para criar uma Liga no Brasil, seguindo os moldes que deram certo mundo afora, como a Premier League, Bundesliga e La Liga, paira nos bastidores do futebol há bastante tempo. Contudo, Ronaldo afirmou que até o final do ano haverá um desfecho.
Quais os entraves para a criação de uma Liga no Brasil?
Mesmo que a profecia do Fenômeno se concretize, e um desfecho para a criação da Liga do Brasil seja dado até o final do ano, a implementação do modelo no país, entretanto, ainda terá alguns ajustes. Um dos temas mais controversos é o direito de transmissão dos jogos.
De acordo com Ronaldo, a divisão das cotas de televisionamento ainda não é um consenso entre os clubes brasileiros. Experiente no mundo empresarial, o Fenômeno enfatizou que a centralização do poder de transmissão será decisiva para realizar bons negócios para os clubes.
“A venda dos direitos de transmissão, sendo centralizada, e isso aconteceu na Inglaterra e na Espanha, os clubes vão ganhar 30 a 40% mais dinheiro do que vendendo separadamente. Mas isso não vem sozinho. Logicamente, os clubes brasileiros têm dívidas enormes”, iniciou.
“Junto com a padronização, vendas centralizadas, com o prazo para pagamento das dívidas, tudo isso vai fazer com que o futebol brasileiro evolua muito. E, agora, temos a vontade política para fazer acontecer. Estou contente e feliz de ter chegado na hora certa, vendo um futuro brilhante para o futebol brasileiro. O principal nós temos, que é a matéria-prima”, concluiu.