Cobrou o Cruzeiro na justiça e agora tenta fingir que nada aconteceu 

Ainda que dentro de campo a situação do Cruzeiro esteja mais pacífica, fora dele, o clube enfrenta um longo processo de recuperação judicial. As dívidas são gritantes. A maior parte dos débitos, é claro, são de ex-jogadores que passaram pela Toca da Raposa

Um deles é Rafael Sobis, que se juntou aos credores. O jogador acionou o clube na Justiça do Trabalho, em uma ação de cerca de R$2 milhões. Contudo, isso não apaga a história que foi construída com a camisa celeste, nem a sua identificação com a torcida.

Para se ter uma ideia, Rafael Sobis pendurou as chuteiras no Mineirão. Ele se despediu dos gramados em 2021, na partida sem gols diante do Náutico, em 25 de novembro. Naquele duelo, mais de 60 mil torcedores foram ao Gigante da Pampulha. Ao final do jogo, Sobis, em um ato de respeito e carinho, se ajoelhou diante da torcida celeste. 

A passagem de Sobis pelo Cruzeiro

Ao todo, Rafael Sobis teve duas passagens pelo Cruzeiro. A primeira delas entre 2016 e 2018, tendo participado da conquista do bicampeonato da Copa do Brasil. Em seguida, ele voltou à Toca para as temporadas 2020 e 2021, quando o time estava na Série B. Sobis disputou 177 partidas com a camisa celeste e marcou 37 gols.

Em entrevista recente ao Flow Sport Club, Rafael Sobis relembrou alguns momentos de sua carreira no Cruzeiro e, é claro, aproveitou para provocar o rival. Sem dúvidas, além do jogo da despedida, a final do Campeonato Mineiro de 2018 entrou para a história. 

O Cruzeiro havia perdido o primeiro jogo por 3 a 1, no Independência. Na volta, realizada no Mineirão, em uma virada épica, o clube estrelado venceu o duelo contra o Atlético-MG por 2 a 0 e, com isso, conquistou o título estadual daquela temporada. 

“Primeiro jogo, estava 3 a 0 para eles, e os caras começaram a debochar. Tem várias imagens. Aí, no fim do jogo, o fenômeno Arrascaeta fez um gol. Nosso treinador, o Mano Menezes, ‘macaco velho da bola’, virou e falou: ‘Esse é o gol do título’”, contou Sobis.

“Aí, fomos jogar a final. Ganhamos de 2 a 0. Fomos campeões. No fim do jogo, eu falei assim: ‘Por isso tem time que comemora vitória, e o nosso comemora título’. A gente aguentou um monte aquela semana’, disse.

“Porque o torcedor que não é acostumado a ganhar é muito chato. Fica incomodando. Aí eu falei: ‘Por isso a traseira do ônibus do Cruzeiro é cheia de título, e a do outro não tem nada’. Agora tem uns dois ali, né? Mas a camisa do Cruzeiro é muito pesada fora do eixo”, finalizou.

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