Cenário é preocupante e SAF do Cruzeiro pode correr o risco de falir

Um cenário preocupante pode acabar com o projeto das SAFs no Brasil. Não somente a do Cruzeiro, mas todas as demais e aqueles clubes que estudam se tornar uma. Trata-se da insegurança dos investidores quanto ao sistema jurídico no Brasil, sobretudo em relação à Justiça do Trabalho.

“Se o investidor não tiver segurança na lei do país, na legislação do país, as SAFs não serão solução pra clube nenhum. Quem virou SAF está correndo um sério risco e os outros clubes que pensam na SAF como um ressurgimento, uma reconstrução, também vão esquecer, porque isso tudo passa pela legislação brasileira”, disse Léo Figueiredo, jornalista da rádio Itatiaia.

“Se os investidores, que o futebol brasileiro tanto sonha, não tiverem segurança para investir nos clubes no Brasil, acabou. Ninguém vai investir. O projeto ‘virar SAF’ acaba. Os clubes continuam endividados. E os clubes que viraram SAF beiram e correm o risco de falência”, completou o jornalista.

Insegurança jurídica no Brasil

O debate em torno do assunto fez com que outro jornalista se posicionasse. Edu Panzi, também da Itatiaia, relembrou um episódio em que Marcus Salum, presidente do América-MG, alertava sobre a insegurança dos investidores.

“Há mais de um ano, a gente fez uma mesa redonda e o convidado era o Marcos Salum. E eu fiz a pergunta pra ele, sobre SAF e o que mais preocupava. Ele falou: ‘O que mais preocupa a gente é a insegurança jurídica no nosso país’. E ele citou a Justiça do Trabalho quando ele falava de insegurança jurídica”, disse Edu Panzi.

De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Futebol, fica proibido que as dívidas das associações sejam cobradas à empresa. No entanto, há brechas jurídicas que podem ocasionar ressalvas, fazendo com que a SAF sofra condenação em ação trabalhista.

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