Atlético-MG perde controle das dívidas e terá que imitar o Cruzeiro para se salvar

O Atlético-MG parece seguir à risca a receita do Cruzeiro de 2019. Montou um time repleto de estrelas, ou seja, com salários altíssimos, projetou conquistas expressivas no ano e foi eliminado de todas as competições. A única diferença é que o Galo não será rebaixado.

Com a crescente das dívidas, o Atlético realizou uma reunião para aprovar a adesão à Lei da SAF. Com isso, a equipe espera tornar-se um clube-empresa em breve. O encontro contou com a participação do presidente Sérgio Coelho, do vice Procópio e do órgão colegiado do Galo (4 Rs), um grupo de empresários que age nos bastidores da equipe. 

Porém, o Conselho Deliberativo do clube ainda precisa aprovar a decisão do órgão colegiado do Atlético. A reunião está prevista para acontecer no mês de novembro. De acordo com o clube, a medida é para preparar a instituição para uma eventual entrada de investidores. 

A SAF será um bom negócio para o Atlético?

Bom, fato é que o Atlético-MG precisa correr contra o tempo. De acordo com Bruno Muzzi, CEO da Arena MRV, a alta cúpula do clube trata a mudança com urgência. Isso porque a saúde financeira da instituição vai de mal a pior, com mais de R$1 bilhão em dívidas. 

“A SAF é um caminho que está sendo perseguido. Já contactamos diversos investidores mundo afora. Foram mais de 130 investidores contactados. Diversos nem respondem, diversos respondem. A gente tem entre 15 e 20 acordos de confidencialidade assinados, e empresas avaliando a oportunidade antes de assinar um acordo”, afirmou Muzzi. 

O gestor destacou ainda, em entrevista ao Superesportes, que não se sabe o modelo que será a SAF do Atlético, uma vez que há diversos perfis de investidores. Mas, de acordo com Muzzi, a expectativa é de angariar mais de R$1 bilhão com a venda do time. 

“Ainda não tem nenhuma definição de nada da SAF. Que tipo de investidor, percentual de controle, data e muito menos perímetro da operação: o que entra e o que fica fora. E isso depende de cada investidor, porque tem investidor de futebol (como o Grupo City) e investidores que são fundos (parte de futebol e parte de entretenimento)”, diferenciou.

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