Agente fala demais e expõe bastidores de como ganhou dinheiro com venda do Cruzeiro
Ao longo da história, diversas foram as negociações do Cruzeiro que renderam ao clube um retorno financeiro considerável. Uma delas foi a venda de Geovanni para o Barcelona, ainda em 2001. Durante entrevista ao podcast do ex-atacante Rafael Sobis, o empresário Jorge Machado revelou os bastidores daquela transação.
O agente não hesitou e cravou que a negociação foi a melhora da sua carreira. Na época, a venda foi concretizada em US$18 milhões, algo equivalente a R$36 milhões na cotação do período. Jorge relembrou a conversa que teve com o então presidente Zezé Perrella.
Veja como foi a venda de Geovanni do Cruzeiro
De acordo com o empresário, o Barcelona optou por contratar Geovanni por conta de uma série de dificuldades na busca por Javier Saviola e Riquelme, joias do River Plate e do Boca Juniors, respectivamente. Na ocasião, o time espanhol havia acertado com o volante Fábio Rochemback, do Internacional, por US$12 milhões.
O mesmo valor pedido inicialmente pelo Cruzeiro. Jorge Machado, porém, acreditava que o clube estrelado poderia fechar o negócio em até US$8 milhões, mas o empresário apostou em cifras mais altas para concretizar a transferência de Geovanni.
“O melhor negócio foi a venda do Geovanni para o Barcelona. Eu vendi o Fábio Rochemback com 17 anos. Estou em Barcelona entregando o Fábio junto com o Fernando Miranda, presidente do Inter na época. Ouvi a diretoria do Barcelona tentando levar o Riquelme e o Saviola. Faltavam quatro dias para fechar a janela”, iniciou Jorge.
“O treinador do Barcelona que veio assistir ao Fábio Rochemback, assistiu ao Geovanni, que jogava no Cruzeiro na época. Nós vimos o jogo, e ele era o artilheiro do campeonato. Eu vi que furou o negócio por Saviola e Riquelme, mas estou com meu ouvido lá. Ouvi que eles não estavam conseguindo liberar, mas estavam com 32 milhões para contratar”, disse.
“Daqui a pouco, um lá deu uma baforada no charuto, me chamou e disse que queria o Geovanni. ‘Geovanni do Cruzeiro, o que passa?’ Eu disse: ‘não sei, vamos ver’. Liguei para o presidente do Cruzeiro, o Zezé Perrella, que era meu amigo, e falei que estava com a diretoria do Barcelona e eles queriam saber o valor do Geovanni”, contou.
Em seguida, a jogada de mestre. “Zezé falou: ’12 milhões de dólares’. Eu falei: ‘não, 22 eles não pagam’. ‘Tá surdo, Machado? 12 milhões de dólares’, respondeu o Zezé. Eu repeti: ’22 eles não pagam’. O presidente do Barcelona sinalizou assim: ‘eu pago 18′”, detalhou.
Não custa lembrar que Geovanni foi protagonista de um dos lances mais memoráveis da história do Cruzeiro. Em uma cobrança de falta, no apagar das luzes do Mineirão, ele marcou o gol que garantiu o título da Copa do Brasil à Raposa, em cima do São Paulo, em 2000.
Comentários estão fechados.